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Anjos da Victoria’s Secret voam para mãos de gestora norte-americana
A famosa marca de lingerie será detida em 55% pela Sycamore Partners, mantendo a atual dona, a L Brands, o restante capital.
A gestora norte-americana Sycamore Partners vai comprar uma posição maioritária na Victoria’s Secret, num negócio que avalia a famosa marca de lingerie feminina em 1,1 mil milhões de dólares (cerca de 1,01 mil milhões de euros).
A Sycamore Partners ficará com 55% da Victoria’s Secret, enquanto a L Brands, atual proprietária, vai manter os restantes 45% numa empresa separada que irá incluir a Bath & Body Works.
Les Wexner, fundador da L Brands, vai deixar os cargos de CEO e chairman da empresa, embora se mantenha no conselho de administração.
"Penso nas infinitas possibilidades que esta empresa tem pela frente. E tenho pensado sobre onde me encaixo na pintura", refere Wexner numa nota enviada aos funcionários a que a Bloomberg teve acesso. "De acordo com essa mesma análise cuidadosa, decidi que agora é altura de passar as rédeas para a nova liderança".
O negócio segue-se a anos de escândalos e de queda das vendas da marca de lingerie, penalizada por alegações de abusos do antigo diretor de marketing Ed Razek e pelas ligações entre o seu fundador, de 82 anos, e Jeffrey Epstein, o milionário do mundo das finanças que foi condenado por crimes sexuais e se suicidou na prisão.
Conhecida pelos desfiles extravagantes com os "anjos" mais requisitados do mundo da moda, a marca tem vindo a assistir a uma queda imparável das vendas, perdendo terreno para as concorrentes que têm os seus produtos associados ao conforto e a uma imagem positiva do corpo feminino.
Segundo a Bloomberg, depois desta venda, a L Brands vai limitar-se a gerir a cadeia de produtos de beleza Bath & Body Works, que foi responsável por 35% das receitas do grupo no ano terminado em fevereiro de 2019.
As ações da L Brands já subiram 36% este ano depois de quatro anos consecutivos de perdas.