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ANA lucra 465 mil euros no trimestre

Nos primeiros três meses deste ano, a ANA – Aeroportos de Portugal conseguiu registar lucros de 465 mil euros, que comparam com 2,425 milhões de euros de prejuízos verificados no primeiro trimestre de 2003.

28 de Abril de 2004 às 07:29
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Walter Marques está particularmente interessado em reforçar as receitas geradas pela ANA nos negócios não aviação – retalho nos aeroportos, parques de estacionamento, «rent-a-car», imobiliário e publicidade.

Estas áreas de negócio representaram já 34% da facturação alcançada em 2003, ou seja, 66,907 milhões de euros. O presidente da ANA pretende que a médio prazo estes negócios passem a contribuir com mais de 33% para o «turnover» da empresa.

Os negócios não aviação representaram no ano passado 25,3% do total dos proveitos operacionais da ANA, contra 24,8% verificados no exercício de 2002.

Maria da Luz Campos, directora financeira da ANA, adiantou que, em 2007, ano de referência do novo plano de negócios da empresa, a ANA quer atingir um volume de negócios de 282 milhões de euros, o que representaria um aumento de 40% face à facturação conseguida em 2003.

Uma parte significativa desse crescimento derivará do reforço da importância das actividades de não aviação, que passarão dos actuais 34% para 37% na contribuição para o volume de negócios da empresa.

Desta forma, o «business plan» da ANA prevê que se registe uma subida de facturação de cerca de 12% ao ano nas áreas de negócio não aviação, enquanto a subida prevista nos negócios de aviação deverá ocorrer a um ritmo anual de cerca de 8%.

Em relação ao «core business» (aviação ), Walter Marques sublinhou que «ao contrário do que mediaticamente se tem referido e alguns sectores de actividade económica reclamam, por exemplo, as taxas de aterragem e descolagem cresceram 0% em 2002 e as taxas de passageiros também 0% em 2003. E todas as taxas cresceram nos últimos 3 anos sempre abaixo da taxa da inflação, com excepção da taxa de passageiros, em 2001 e 2002, mas aí, apenas como compensação parcial para as perdas decorrentes do desaparecimento do negócio dos ‘duty free’».

O presidente da ANA destacou o significado, em termos de perdas para a empresa, de um crescimento normal dos preços de 0% e chamou a atenção para o facto de que nos últimos seis anos, enquanto a taxa de inflação em termos acumulados, cresce 17,4% , as taxas de aterragens e descolagem, só cresceram 8,4%, ou seja, registaram um crescimento real negativo de 7,6%.

Comportamento idêntico se verificou com as taxas de passageiros (menos 1,7%) e de ocupação de espaços directamente relacionados com o negócio da aviação (menos 4,9%).

Walter Marques não só critica este «congelamento das taxas aeroportuárias cobradas pela ANA», como se mostrou «muito preocupado com o ‘timing’ tardio» com que as actualizações são aplicadas.

A decisão do organismo regulador – Instituto Nacional das Aviação Civil (INAC) – não tem sido tomada em Janeiro. «Tem sido quase a meio do ano, provocando uma perda de receitas muito assinalável, receitas, não esqueçamos, que sustentam investimentos próprios deste sector de infra-estruturas, aliás, permanentemente exigidos pelos utentes/clientes e reclamados pelo Estado», reforçou Walter Marques.

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