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Air France-KLM reduz prejuízo para 337 milhões no primeiro trimestre

No período, as diferentes marcas da Air France-KLM transportaram um total de 19,7 milhões de passageiros, mais 35,3% do que nos primeiros três meses do ano passado.

Companhias comprometem-se com mudanças para melhorar a pegada ambiental. Grupo Air-France KLM diz que ambição do pacote Fit for 55 é “bem-vinda”.
Stephane Mahe/Reuters
05 de Maio de 2023 às 10:28
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A Air France-KLM registou um prejuízo de 337 milhões de euros no primeiro trimestre, uma melhoria face ao período homólogo, numa tendência positiva que sugere uma forte recuperação da atividade e perspetivas positivas para o verão.

Num comunicado divulgado esta sexta-feira, o grupo franco-holandês avança que o resultado operacional voltou a ser negativo, em 306 milhões de euros, mas melhorou 17,3% face ao primeiro trimestre de 2022, período em que tinha beneficiado de um contributo extraordinário de 210 milhões de euros no âmbito de medidas de apoio ao emprego.

De janeiro a março, a faturação do grupo de aviação aumentou 42% em termos absolutos (40,6% em dados comparáveis), para 6.329 milhões de euros, sobretudo devido ao aumento da capacidade e da taxa de ocupação ('load factor').

No período, as diferentes marcas da Air France-KLM transportaram um total de 19,7 milhões de passageiros, mais 35,3% do que nos primeiros três meses do ano passado.

Tendo em conta que a capacidade total aumentou 19,8%, a taxa de ocupação dos aviões subiu 11,8 pontos percentuais, para 86,1%.

No comunicado, a Air France-KLM diz já se ter libertado dos instrumentos de ajuda pública que recebeu dos Estados francês e holandês para fazer face à crise da covid-19 e pretender restabelecer o seu balanço com iniciativas de financiamento.

Neste contexto, anunciou o início de negociações exclusivas com o fundo de investimento americano Apollo Global Management, com vista a um possível financiamento de 500 milhões de euros a uma subsidiária da Air France a constituir para atividades de engenharia e manutenção.

Caso esta operação venha a concretizar-se, essas verbas serão contabilizadas como fundos próprios, assegurando a Air France-KLM que a nova estrutura não implicaria qualquer alteração do ponto de vista operacional ou social, não tendo, assim, qualquer impacto nos contratos de trabalho dos funcionários que desenvolvessem atividade naquela subsidiária.

Para o resto do ano, as perspetivas da Air France-KLM apontam para que a oferta do grupo represente 95% dos níveis de 2019, antes da crise pandémica.

Por trimestres, o grupo prevê que a oferta seja de 90-95% entre abril a junho, 95% de julho a setembro e acima dessa percentagem nos últimos três meses do ano.

A companhia low cost Transavia será, em termos relativos, a que mais contribuirá para esta recuperação da oferta, ao atingir, no conjunto do ano, cerca de 135% dos níveis de 2019 (período pré-pandemia).
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