A Sair Group, a «holding» que controla a Swissair, anunciou que Philippe Bruggisser demitiu-se ao fim de 22 anos como administrador-executivo da transportadora aérea para dar lugar a uma nova equipa de gestão.

Aspectos relacionados com perdas de produtividade no sector das transportadoras estão na base da demissão de Bruggisser. Alguns analistas dizem que os accionistas da Sair Group não se têm mostrado satisfeitos com a estratégia de aquisições e parcerias pouco rentáveis levadas a cabo pela empresa.

A Sair anunicou em comunicado que não irá fazer mais nenhuma aquisição de forma a aumentar a produtividade das várias «holdings» que detém na Europa e que incluem a Transportes Aéreos Portugueses (TAP), a belga Sabena, a francesa AOM e a polaca Linie Lotnicze LOT.

O acordo de compra de 34% do capital da TAP pela Sair deve manter-se, segundo afirmou Fernando Pinto, administrador-delegado da transportadora nacional. Numa entrevista ao Canal de Negócios, Fernando Pinto desmentiu os rumores de que a empresa suiça tinha desistido do negócio e disse que as empresas encontram-se já a negociar os termos da operação com a Comissão Europeia.

Os custos da fusão entre a Sair e a Sabena têm crescido. Esta semana, a empresa concordou pagar 750 milhões de euros (150,36 milhões de contos) para financiar a reestruturação da Sabena, ainda controlada pelo estado belga. A Sair precisa ainda de 208 milhões de dólares (220,77 milhões de euros ou 44,26 milhões de contos) para se fundir com as francesas AOM, Air Liberté e Air Littoral.

As acções da Sair valorizavam ontem 3,67% na bolsa de Zurique.