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Administração da Brisa adopta postura de "neutralidade" face à OPA

Conselho vai acompanhar operação de perto e manter accionistas informados.

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O conselho de administração da Brisa, liderado por Vasco de Mello, emitiu ontem uma primeira reacção à oferta pública de aquisição (OPA) lançada na semana passada pela José de Mello e pelo fundo britânico Arcus. Em comunicado, a administração da Brisa afirma que decidiu "adoptar um princípio de neutralidade face à oferta, abstendo-se de implementar medidas que possam frustrar ou facilitar a mesma".

Depois de efectuar a primeira análise à operação, a administração decidiu "desencadear os procedimentos internos e proceder à contratação dos consultores legais e financeiros necessários para assegurar o acompanhamento e monitorização da situação, bem como o cumprimento das obrigações que lhe incumbem". E acrescenta, no mesmo comunicado, que esta posição de neutralidade será mantida, "sem prejuízo dos deveres a que está adstrito" o conselho de administração da Brisa. Promete também acompanhar a operação "muito de perto" e informar os accionistas.

A OPA lançada quinta-feira sobre a Brisa pela Tagus Holdings, empresa controlada pela José de Mello e pela Arcus, avalia a concessionária de auto-estradas em 1.596 milhões de euros, tendo em conta a contrapartida oferecida de 2,66 euros por cada acção. A oferta da Tagus representou um prémio de 13,4% face à cotação de fecho da Brisa na última quinta-feira.

Abertis toma decisão esta semana

A Abertis, que detém mais de 15% da Brisa, ainda não tomou uma decisão sobre o que pretende fazer no âmbito da oferta, o que deverá acontecer ainda esta semana. A possibilidade de o grupo espanhol vir a apresentar uma proposta alternativa à dos dois maiores accionistas da concessionária portuguesa não é um cenário provável, até porque em termos empresariais a Abertis terá hoje outras prioridades.

Vasco de Mello disse, quinta-feira passada, quando José de Mello e Arcus anunciaram o lançamento da oferta, que a decisão da Abertis de vender ou não na OPA é sua "decisão exclusiva", sublinhando ainda que o grupo espanhol "é bem vindo a manter a sua participação se assim o entender". Nesse dia, o presidente da José de Mello garantiu também que não há margem para subir o valor da contrapartida oferecida, que é de 2,66 euros por acção. A oferta não tem condição de sucesso e incide sobre a totalidade das acções da Brisa. O investimento pode atingir os 700 milhões de euros caso todos os outros accionistas decidam vender.



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