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EDP Distribuição deteta fraude em ligações elétricas de grupo empresarial

Uma operação da EDP Distribuição detetou uma "avultada fraude" em ligações elétricas de um grupo empresarial, que adulterava ligações aos equipamentos de contagem, permitindo a apropriação ilícita de centenas de milhar de quilowatt-hora (kWh) de eletricidade, foi hoje anunciado.

30 de Novembro de 2020 às 14:23
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"Uma operação de deteção de fraude nas instalações industriais de um grupo empresarial realizada, na passada semana, pela EDP Distribuição permitiu identificar oito situações irregulares", divulgou, em comunicado, a empresa que passará a chamar-se E-Redes, em janeiro, por imposição da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

Segundo o operador das redes de distribuição de energia, a ação de fiscalização foi efetuada por cinco equipas da EDP Distribuição e feita em simultâneo em várias instalações do mesmo grupo empresarial, depois de já terem confirmado uma situação de fraude numa daquelas unidades.

A ação detetou adulterações das ligações aos equipamentos de contagem de eletricidade, que, segundo a futura E-Redes, permitiam a apropriação ilícita de centenas de milhar de kWh de energia elétrica.

Nos últimos anos, a gestora das redes de distribuição de energia tem assistido a um "crescimento destas práticas ilícitas no segmento empresarial que, apesar de representar menos de 1% dos clientes em Portugal, contribui com 40% do total da energia consumida em fraude (valor da contribuição média desde 2017 ao presente)".

Todos os anos, a futura E-Redes realiza cerca de 600 mil operações de instalação de equipamentos de medição inteligente e cerca de 40 mil inspeções específicas para a identificação de situações de apropriação ilícita de energia.

"Além do reforço da capacidade tecnológica e analítica, também a adoção de operações concertadas no terreno - nomeadamente através da identificação de instalações industriais que apresentam elementos em comum - tem contribuído para o aumento da eficácia na deteção de situações de apropriação de energia", esclareceu.

A prática de fraude e de furto de energia elétrica é classificada como crime e "é uma ameaça à segurança de pessoas e bens, para além de afetar também toda a cadeia de valor, nomeadamente consumidores, comercializadores e Estado", aponta a futura E-Redes.

A empresa disse, ainda, que tem procurado "aumentar a consciencialização para este tema e robustecer o enquadramento legal com medidas mais dissuasoras destas práticas".
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