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Portugal "atropelado" pela Alemanha na estreia no Mundial 2014

A selecção portuguesa de futebol foi hoje goleada pela Alemanha por 4-0, no encontro inaugural do Grupo G do Mundial2014, disputado no Arena Fonte Nova, em Salvador, no Brasil.

16 de Junho de 2014 às 19:00
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Do "hat-trick" de Thomas Müller (12, de grande penalidade, 45+1 e 78) ao golo de Hummels (32), da expulsão de Pepe - com o resultado em 2-0 e que arruinou as ténues esperanças de recuperação - às lesões de Hugo Almeida e Fábio Coentrão, resultou uma evidência: tudo o que podia correr mal... correu.

 

Se não matematicamente, pois faltam ainda disputar os jogos com os Estados Unidos e o Gana, a qualificação para os oitavos de final pode estar em risco, pelas dificuldades que aquelas três prováveis ausências provocarão e pela incapacidade de Cristiano Ronaldo - pelo menos hoje - em justificar o estatuto de melhor futebolista do Mundo.

 

O ar cabisbaixo com que os jogadores portugueses saíram do relvado do abrasador estádio Arena Fonte Nova, em Salvador, é outro indicador muito pouco animador quanto ao futuro na prova da equipa lusa, que nunca tinha perdido por tantos em fases finais de Mundiais ou Europeus.

 

O centésimo jogo da Alemanha na fase final do Mundial - um recorde - confirma a equipa orientada por Joachim Löw como uma seríssima candidata ao título e o fado português em confrontos com os germânicos, frente aos quais Portugal saiu derrotado nos três últimos confrontos em grandes torneios (Mundial2006, Euro2008 e Euro2012).

 

O ponta de lança Hugo Almeida foi uma meia surpresa no "onze" escolhido por Paulo Bento, facto ao qual não será alheia a falta de ritmo de Hélder Postiga, habitual titular, e os muitos centímetros a mais da equipa germânica, que preencheu o sector defensivo com quatro centrais, três dos quais de estatura superior a 1,90 metros.

 

A Alemanha procurou assenhorear-se do jogo desde o início, mas pertenceu a Portugal a primeira jogada capaz de fazer bater de forma mais acelerada o coração dos adeptos, através de uma incursão de Cristiano Ronaldo, concluída com um remate de ângulo improvável, que Neuer defendeu com dificuldade.

 

A resposta alemã foi arrepiante: o guarda-redes Rui Patrício, que fazia a estreia no Campeonato do Mundo, colocou a bola nos pés do bem posicionado Khedira e o remate do médio alemão saiu a escassos centímetros do poste direito de uma baliza deserta.

 

Da ameaça aos actos, a Alemanha inaugurou o marcador aos 12 minutos, através de uma grande penalidade concretizada por Thomas Müller, a punir falta de João Pereira sobre Götze, que não desaproveitou o agarrão do defesa para se estatelar na área portuguesa.

 

A equipa das "quinas" só regressou às imediações da baliza adversária aos 25 minutos, com um remate de longe de Nani, que saiu ligeiramente sobre a barra, e, pouco depois, Paulo Bento viu-se obrigado a retirar de campo a aposta para a posição mais avançada em campo, trocando o lesionado Hugo Almeida por Éder.

 

À passagem da meia hora, o desvio de João Pereira ao remate de Götze limitou-se a adiar por mais alguns segundos o segundo golo germânico, apontado pelo defesa Mats Hummels aos 32 minutos, com um fulgurante cabeceamento na sequência de um pontapé de canto.

Mesmo em posição de fora de jogo, não assinalado pelo árbitro sérvio Milorad Mazic, Fábio Coentrão poderia ter recolocado Portugal na corrida, mas preferiu assistir Cristiano Ronaldo e permitiu a interceção - perigosa - de Hummels. No canto, o recém entrado Éder foi incapaz de imitar o central alemão.

 

Se Portugal pensava ter ainda possibilidade de reentrar na luta por um resultado melhor essa ideia desvaneceu-se com a expulsão de Pepe, aos 37 minutos, por agressão a Müller, que agravou a agonia lusa ao aumentar para 3-0 ainda antes do intervalo, aproveitando um corte defeituoso de Bruno Alves.

 

Paulo Bento percebeu que não poderia continuar com um único central em campo e trocou Miguel Veloso por Ricardo Costa, ainda que tenha sido Rui Patrício a evitar que Özil, isolado no limiar de fora de jogo, marcasse o quarto golo pouco após o recomeço, tendo Müller atirado por cima na recarga.

 

O selecionador luso sofreu novo revés aos 64 minutos, quando Fábio Coentrão saiu em campo transportado de maca e foi substituído por André Almeida, a mesma sorte que conheceu Hummels mais tarde. Pelo meio, o pé de João Pereira voltou a impedir que Götze facturasse.

O quarto golo adivinha-se e se havia jogador em campo capaz de o marcar era Müller. O avançado aproveitou uma defesa incompleta de Rui Patrício aos 78 minutos para aumentar a vantagem do tricampeão mundial (1954, 1974 e 1990), antes de ser substituído sob uma chuva de aplausos.

 

(Notícia actualizada às 19h31m)

 

 

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