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Rio 2016: Simone Biles e Jason Kenny fazem história

A ginasta norte-americana Simone Biles, com o quarto título no Rio2016, e cinco medalhas, e o ciclista inglês Jason Kenny, com terceiro triunfo em provas de ciclismo de pista, destacaram-se esta terça-feira nos Jogos Olímpicos.

17 de Agosto de 2016 às 07:24
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No estádio olímpico na sessão da manhã o norte-americano Christian Taylor (triplo) e a croata Sandra Perkovic (disco) revalidaram o título, confirmando o favoritismo. À noite, os campeões foram o canadiano Derek Drouin (altura), a queniana Faith Chepngetich Kipyegon (1.500 metros) e o jamaicano Omar McLeod (110 metros barreiras).

 

Na ginástica, a texana Biles, de 19 anos, consegue assim, com os exercícios do solo, quatro ouros em seis possíveis e iguala figuras lendárias da modalidade, como são a soviética Larissa Latynina (1956), a checoslovaca Vera Caslavska (1968) e a romena Ecaterina Szabo (1984).

 

Antes, Biles ajudou os Estados Unidos a ganhar por equipas, venceu no 'all around' individual e no salto de cavalo, só 'falhando' na trave, em que chegou ao bronze, e nas paralelas assimétricas, em que não foi à final.

 

Nas outras duas finais de ginástica de hoje, o ucraniano Oleg Verniaiev ganhou nas paralelas e o alemão Fabian Hambuechen sagrou-se campeão olímpico na barra fixa, culminando uma progressão certa nos últimos ciclos olímpicos: bronze em Pequim2008, prata em Londres2012 e agora ouro.

 

Jason Kenny também garante um lugar grande na história do ciclismo de pista olímpico. Hoje, com o triunfo no keirin, aumentou para três ouros o seu balanço no Rio2016 (junta ao sprint individual e sprint por equipas) e com as medalhas de anteriores edições chega aos seis títulos, um máximo entre atletas britânicos que passou a partilhar com o já retirado Chris Hoy.

 

Os britânicos mantiveram a tendência dominadora patenteada em Londres e também ganharam no omniun feminino, deixando no entanto escapar o sprint para a alemã Kristina Vogel, que na final derrotou a inglesa Rebecca James, já vice-campeã de keirin.

 

No estádio olímpico, conhecido como Engenhão, a tendência continua a ser de forte repartição de medalhas, o que foi evidente nos cinco títulos atribuídos. Nota ainda, na jornada, para a qualificação para a final do comprimento da única russa nos Jogos, Darya Klishina, para a surpreendente eliminação da brasileira Fabiene Murer, na vara, menos de 24 horas depois da histórica vitória de Thiago Braz da Silva, e para as passagens 'tranquilas' de Usain Bolt, Justin Gatlin e Andre de Grasse nas séries de 200 metros.

 

A sempre espectacular prova de 1.500 metros parecia 'talhada' para o sucesso de Genzege Dibada, da Etiópia, campeã e recordista mundial. Mas com uma corrida inesperadamente lenta para este nível, a etíope 'estourou' depois de atacar, a 200 metros da meta, sendo passada por Kipyegon, que não era a favorita mas decididamente não é uma desconhecida: antiga campeã do mundo de juvenis e juniores, é a vice-campeã mundial em título.

 

Alguma desilusão no salto com vara, já que a fasquia não chegou aos 2,40 metros. O canadiano Drousin, campeão mundial e bronze há três anos, ganhou com 2,38, mais dois centímetros que Mutaz Essa Barshim, do Qatar, e cinco que o ucraniano Bohdan Bondarenko.

 

Estreia de ouro para a Jamaica nos 110 metros barreiras, com Omar McLeod a derrotar o espanhol Orlando Ortega, campeão da Europa, e os tradicionais favoritos de França e Estados Unidos.

 

Sem surpresas, croata Sandra Perkovic revalidou o título no disco, com larga vantagem para a segunda, que hoje foi a francesa Melina Robert-Michon.

 

A gaulesa até fez recorde nacional, com 66,73, mas a croata respondeu com 69,21, no único ensaio válido, entre cinco nulos. Aliás, a Perkovic bastaram dois lançamentos no Rio2016, já que nas qualificações da véspera fizera, mesmo com chuva, 64,81, no único ensaio válido.

 

As maiores esperanças portuguesas no atletismo estavam com Nelson Évora, no triplo, mas desta vez a sua prestação não chegou para o pódio, acabando em sexto, primeiro europeu.

 

O campeão olímpico de Londres2012, Christian Taylor, dos Estados Unidos, revalidou o título, com 17,86, à frente do seu compatriota Will Claye e do chinês Bin Dong.

 

Na vela, distribuíram-se medalhas em quatro especialidades, os Laser, o Finn e o Nacra 17, aqui com a curiosidade de um dos dois velejadores ser já um veterano - o argentino Santiago Lange, que fez equipa com Cecilia Saroli, ter 54 anos.

 

Em Finn, o domínio continua com os britânicos e ao lendário Ben Ainslie, tetracampeão, sucede agora Giles Scott.

 

Adiadas da véspera, por razões meteorológicas, a regata de Laser Radial terminou com o triunfo da holandesa Marit Bouwemeester e a de Laser Standard com a do australiano Tom Burton.

 

Domínio asiático, perfeitamente esperado, no ténis de mesa, com a China, que já tinha a campeã e vice-campeã de individuais, Ding Ning e Li Xiaoxiao, sem surpresas a bater por 3-0 as esforçadas alemãs. Liu Shiwen completou a equipa chinesa.

 

Medalha de ouro para a China também nos saltos para a água, com o chinês Cao Yuan a triunfar no trampolim a três metros, elevando o domínio do 'gigante' asiático para cinco ouros em seis possíveis.

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