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CDS quer saber se suspensão de apostas foi "caso pontual" ou se é necessário reforçar lei
O CDS-PP quer saber se na origem da suspensão das apostas no jogo de futebol entre Feirense e Rio Ave está um "caso pontual" ou se obrigará a reforçar o processo legislativo em curso no parlamento.
Em declarações aos jornalistas no parlamento, o porta-voz do CDS-PP, João Almeida, justificou desta forma o pedido de audição do director do Serviço de Regulação e Inspecção de Jogos (SRIJ) do Turismo de Portugal que o partido entregou hoje na Assembleia da República.
"Há, do ponto de vista do parlamento, um processo legislativo em curso para punir práticas irregulares associadas a este tipo de acontecimento, designadamente apostas desportivas e eventual corrupção associadas a apostas desportivas", explicou João Almeida, acrescentando que estão em discussão na especialidade iniciativas do CDS, PSD e PS sobre esta matéria.
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa suspendeu na segunda-feira as apostas no Placard relativas à partida entre o Feirense-Rio Ave, da I Liga de futebol, que a equipa de Santa Maria da Feira venceu por 2-1.
O jornal desportivo Record noticiou que a suspensão das apostas estará relacionada com "um afluxo anormal de movimentos relacionados com esta partida, em especial de uma alegada aposta de 100 mil euros de um apostador proveniente da China".
"O que é essencial perceber é, tendo acontecido algo que nunca tinha acontecido em Portugal, se esse tipo de situação é pontual ou se motiva alteração no processo legislativo", disse.
Para João Almeida, "é fundamental que não se generalize a ideia de que este tipo de práticas é comum e que o desporto vai ter de conviver com elas".
"Não, o desporto não pode conviver com estas práticas, tem de as conseguir isolar e punir e não pode contaminar a generalidade dos agentes desportivos que praticam a sua actividade de forma leal e verdadeira", defendeu.
O Serviço de Regulação e Inspecção de Jogos, sob a dependência do Turismo de Portugal e tutelado pelo Ministério da Economia, é o órgão competente de fiscalização da exploração e prática dos jogos de fortuna ou azar concessionados pelo Estado.