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Teixeira Duarte com prejuízos de 4,7 milhões

A Teixeira Duarte registou em 2017 prejuízos de 4,7 milhões de euros. É preciso recuar muitos anos, até 2011, para ver o grupo construtor com resultados negativos.

Alexandra Machado amachado@negocios.pt 25 de Abril de 2018 às 18:53
A Teixeira Duarte teve prejuízos de 4,7 milhões de euros em 2017, o que compara com os lucros superiores a 20 milhões de euros um ano antes. Desde 2011 que o grupo não tinha prejuízos. Nesse ano teve perdas de 200 milhões de euros por imparidades com o BCP de 136 milhões. Antes de 2011 só em 2008 tinha registado prejuízos. 

Um dos factores a justificar este desempenho foi a própria actividade. Os proveitos caíram 10,6% para 1,09 mil milhões de euros, com os custos a caírem 4,7%. O que resultou numa queda do EBITDA em 2017 de 31,8% para 181 milhões de euros, face aos 265 milhões de euros um ano antes.

A queda dos proveitos foi principalmente derivada do mercado externo cujas receitas caíram 13%, enquanto o mercado interno teve uma queda ligeira de 0,4%. No entanto, em Portugal o sector da construção já subiu 41,8% para atingir os 125 milhões de euros. O que resultou, aliás, na subida de 2,7% que a construção (nos mercados todos) teve em 2017, o único sector de actividade do grupo Teixeira Duarte a subir os proveitos.

A construção pesa pouco mais de metade do negócio da Teixeira Duarte. 

A empresa explica também que em 2016 teve proveitos na Venezuela de 40 milhões resultantes da aceitação por parte de um cliente de trabalhos realizados anteriormente, o que penaliza a comparação.

A Teixeira Duarte realça, no comunicado das contas, que "prevê atingir proveitos operacionais consolidados de cerca de 1.000 milhões de euros" em 2018. 

Os custos financeiros foram, ainda assim, menores que em 2016. A imparidade pela participação no BCP foi inferior à registada em 2016.

A imparidade pelo BCP foi de 4,2 milhões de euros, quando em 2016 tinha sido de 15,6 milhões. Foi com o BCP que a Teixeira Duarte conseguiu, no entanto, uma variação positiva nos resultados financeiros de 21,3 milhões de euros pela venda de direitos no aumento de capital do banco.

A dívida líquida no final de 2017 estava nos 854 milhões de euros, menos 279 milhões que no final de 2016. A empresa anunciou esta quarta-feira ter chegado a acordo com Novo Banco, BCP e CGD para reduzir ainda mais a dívida, com a venda de activos de 500 milhões. 


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