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Porto bate 223 concorrentes e ganha concurso mundial da Saint-Gobain na Finlândia
Depois do segundo lugar conseguido na edição do ano passado, a equipa da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto venceu a fase internacional do concurso de estudantes promovido pela multinacional francesa, com projeto de transformação de um espaço em Helsínquia.
Os estudantes da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, Francisco Peneda Ferreira, Pedro Tiago Gaspar e João Pedro Henriques, conquistaram a 19.ª edição do prestigiado Concurso de Estudantes de Arquitetura Saint-Gobain.
Depois de os seus colegas Rafael Vieira Gonçalves e Mariana Almeida e Sousa terem arrecadado o segundo lugar na edição do ano passado, Portugal arrebata agora, pela primeira vez, o primeiro prémio da fase final deste concurso, tendo os vencedores sido anunciados durante um evento realizado pela multinacional francesa em Helsínquia, entre os dias 10 e 12 de junho.
Porquê na capital da Finlândia? Porque os estudantes de todo o mundo foram desafiados, nesta edição do concurso, a pensaram num projeto arquitetónico para transformar um espaço urbano/rural pertencente à Universidade de Helsínquia, localizado na zona de Viikki, nos arredores da cidade.
De um total de 224 universidades participantes, de 29 países, o projeto "Sieni Park", da autoria dos três estudantes da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, foi o grande vencedor, tendo o segundo prémio sido atribuído ao projeto polaco "Rurban Habitat" e o terceiro ao sul-coreano "From Boundary to Gateway".
"O projeto ‘Sieni Park’, proposto pela equipa portuguesa, está enraizado na cultura finlandesa e no seu sentido de comunidade", oferecendo "um refúgio tranquilo em Viikki, ligando casas, locais de trabalho e o campus universitário nas proximidades", descreve a Saint-Gobain, em comunicado.
Júri: "A integração do edifício antigo na arquitetura geral foi perfeita"
Aos olhos da multinacional francesa, o projeto portuense "combina estruturas antigas e novas num design coerente que assenta em três pilares fundamentais: sustentabilidade, inovação e conforto. Assim, cria-se um projeto futurista, duradouro, de baixa energia incorporada, que honra e desenvolve a tradição local de práticas de construção ecológicas", enaltece a Saint-Gobain.
Já o painel de jurados que avaliou os projetos justificou a escolha do projeto português considerando que, "em termos de planeamento urbano, detalhes arquitetónicos e qualidade geral, a solução é abrangente e de alto nível", realçando o facto de o edifício apresentar "uma proposta de fachada interessante, possivelmente ainda aperfeiçoável devido às condições climáticas adversas do local", sinalizou.
"A composição urbana é inovadora e a estrutura em madeira é sofisticada. Importa referir que a integração do edifício antigo na arquitetura geral foi perfeita, e as soluções de sustentabilidade foram integradas na proposta desde o início, em vez de serem uma consideração posterior", assinalou, ainda, o painel de jurados do concurso.
Saint-Gobain em Portugal: sete fábricas, um centro de I&D e mais de 600 trabalhadores
Vasco Pereira, diretor da Academia Saint-Gobain e gestor do concurso em Portugal, sublinhou a participação ganhadora de Portugal nesta iniciativa: "É com enorme satisfação que ano após ano recebemos projetos de estudantes de arquitetura de todo o mundo, que honram o compromisso da Saint-Gobain com a promoção da arquitetura sustentável. Particularmente este ano, verificar que um projeto português vence este concurso atesta a qualidade e a diferenciação dos nossos estudantes a nível mundial", concluiu.
Fabricante e distribuidora de materiais e serviços para os mercados da construção e industriais, a Saint-Gobain detém em Portugal 11 empresas, sete fábricas e um centro de I&D, em Aveiro, contando com mais de 600 trabalhadores.
A nível global, com presença em 76 países, o grupo francês emprega cerca de 160 mil pessoas e fechou o exercício de 2023 com uma faturação de 47,9 mil milhões de euros.