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Protestos em Hong Kong mancham Hugo Boss em bolsa com mínimo de 9 anos
Os protestos em Hong Kong levaram a uma nova revisão em baixa das perspetivas da Hugo Boss para este ano, levando os investidores a retraírem-se.
A germânica Hugo Boss afundou para um mínimo de nove anos depois de ter voltado a rever em baixa as previsões de crescimento para este ano, desta vez com os protestos de Hong Kong a abalarem as contas.
Os protestos em Hong Kong estão a ditar uma diminuição das visitas de compradores chineses ao segmento de luxo, afundando as receitas por esta via e infligindo o último golpe nas projeções da marca.
A Hugo Boss espera obter lucros no intervalo entre os 330 milhões de euros e os 340 milhões de euros, quando, inicialmente, contava superar a fasquia dos 347 milhões que obteve no ano anterior.
Esta revisão em baixa é feita dois meses depois de a empresa ter reduzido as anteriores estimativas. A pesar no sentimento estavam, já na altura, as diminuídas vendas a turistas e a pressão nos preços sentida nos Estados Unidos.
As ações da cotada seguem a perder 8,34% para os 39,24 euros, mas já chegaram a descer aos 38,37 dólares, na sequência de uma quebra de 10,37%. Desta forma, os títulos chegaram a cotar no nível mais baixo desde 30 de novembro de 2010. A empresa alemã não cai sozinha: a britânica Ted Baker também já desce 3,6% e a Burberry cede 4,1%.
A marca tem-se esforçado por ultrapassar a tendência das empresas de admitirem uma indumentária mais casual nas horas de expediente. Neste sentido, o responsável pelas finanças da empresa em 2016, Mark Langer, foi nomeado CEO nesse ano. A transição vinha com o objetivo de reposicionar a marca com um aumento da rapidez de fabrico, personalização, e uma renovada aposta no comércio online. Contudo, as contínuas revisões em baixa sugerem que os esforços não estarão a dar frutos.