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“Empresas mais pequenas não vão conseguir” pagar o salário mínimo exigido pelos sindicatos
O salário mínimo previsto para 2025 é de 855 euros, mas os sindicatos exigem mais. No setor da restauração, as empresas mais pequenas não vão conseguir pagar esses valores, avisa a secretária-geral da AHRESP.
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As empresas de menor dimensão no setor da restauração não terão capacidade de elevar o salário mínimo além dos 855 euros que estão previstos, avisa a secretária-geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP).
Entrevistada no Negócios e na Antena 1, Ana Jacinto admite que se o país tiver uma evolução económica favorável, de uma forma geral pode haver capacidade, mas alerta que o setor "não pode continuar a aumentar salários e continuar estrangulado com custos de contexto".
"Não se mede a produtividade, continuamos a não ter rácios para percebermos se as empresas podem continuar a subir salários sem nada como contrapartida", lamenta, constatando que a hotelaria e restauração continuará a enfrentar custos salariais mais elevados devido à falta de mão de obra. "Não temos alternativa, se quisermos continuar a ter trabalhadores", afirma, indicando que "vamos entrar na época alta, e os empresários já se queixam que não têm trabalhadores. O mercado vai exigir que as empresas continuem a elevar os salários e andam a contratar trabalhadores uns aos outros".
Mas essa capacidade depende em larga medida do músculo financeiro de cada empresa, que é menor quanto mais pequena for a forma. "As empresas não têm alternativa, mas as mais pequenas não vão conseguir pagar esses salários", atira, deixando um apelo: "O Estado tem de fazer a sua parte, tem de fazer uma revisão em baixa dos impostos, sobretudo no rendimento do trabalho".
Entrevistada no Negócios e na Antena 1, Ana Jacinto admite que se o país tiver uma evolução económica favorável, de uma forma geral pode haver capacidade, mas alerta que o setor "não pode continuar a aumentar salários e continuar estrangulado com custos de contexto".
Mas essa capacidade depende em larga medida do músculo financeiro de cada empresa, que é menor quanto mais pequena for a forma. "As empresas não têm alternativa, mas as mais pequenas não vão conseguir pagar esses salários", atira, deixando um apelo: "O Estado tem de fazer a sua parte, tem de fazer uma revisão em baixa dos impostos, sobretudo no rendimento do trabalho".