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Cláudia Azevedo arrasa situação política: "É um ano perdido para Portugal"

A CEO da Sonae, que apresentou esta quinta-feira as contas do grupo de 2024, criticou duramente a classe política portuguesa.

José Reis
20 de Março de 2025 às 11:18
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A 13 de março do ano passado, quatro dias depois das últimas legislativas, a CEO da Sonae considerava que os resultados dessas eleições tinham revelado aquilo a que chamou "grito de mudança".

"As pessoas sentem que as políticas não tratam da sua vida. Disseram: ‘Por favor, entendam-se para corrigir as coisas’, pois sentem que as políticas não estão orientadas para as pessoas. ‘Preciso que olhem para nós’", afirmou, então, Cláudia Azevedo.

"Houve um grito de mudança. Deixem-se de politiquices. Entendam-se", clamou, na apresentação das contas da Sonae relativas a 2023.

20 de março de 2025: "O ano passado estava a apresentar os resultados e, na altura, deixei a mensagem que os políticos têm de se focar nas pessoas, em governar para as pessoas e em garantir estabilidade, porque temos desafios muito importantes em Portugal, como a reforma da justiça, da educação, da saúde e da habitação, e não me parece que este ano tenha contribuído para isso", considerou Cláudia Azevedo na conferência de imprensa em que deu conta dos resultados da Sonae em 2024.

"Os portugueses estão um bocado fartos das polémicas que envolvem políticos", atirou a presidente executiva da Sonae. "Os casos multiplicam-se, arrastam-se no tempo, havendo comissões de inquérito a coisas que não são muito relevantes para a sua vida", insurgiu-se a empresária.

"Ouvir a Assembleia da República na televisão é uma coisa que não recomendamos a ninguém", gracejou.  

"Preocupa-me que os políticos se concentrem mesmo nos desafios que Portugal tem, que são grandes e que precisam do entendimento entre partidos para serem resolvidos. É muito mais importante os políticos focarem-se nas pessoas e nas suas necessidades, do que andar em pequenos casos uns com os outros, que não acrescentam valor nenhum à sociedade", rematou.

Com o país a ir novamente às urnas, "é um ano perdido para Portugal", concluiu a presidente executiva da Sonae, grupo que emprega mais de 57 mil pessoas.

Notícia atualizada



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