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A crise lava mais branco: venda de electrodomésticos recua 15,6%
No ano de 2012 houve menos máquinas de lavar roupa e de loiça, menos frigoríficos e máquina de café vendidas e uma queda de um terço do mercado nas consolas e nos telemóveis. Todos? Não, os “smartphones” registaram uma subida de quase 50%
Os bens de equipamento, que representaram 23,05% do valor das vendas do total do segmento não alimentar em Portugal em 2012 – ou seja 1.887 milhões de euros de um total de 8.185 milhões de euros – contabilizado pelo barómetro da APED sofreram uma queda de 8,7%.
Em termos absolutos, de acordo com os dados compilados pelas consultoras AC Nielsen, Kantar e GfK para a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), venderam-se menos 179 milhões de euros em bens de equipamento, uma quebra de 8,7% face a 2011.
Na linha branca (que inclui frigoríficos, máquinas de lavar roupa e louça), o volume de vendas sofreu um recuo de 15,6% para 410 milhões de euros e uma descida de 2,6% no preço.
Venderam-se, em 2012, menos 18,5% de máquinas de lavar roupa, 16% de frigoríficos e 14,4% de máquinas de lavar roupa.
Nos pequenos electrodomésticos, o panorama não foi muito diferente: o volume de vendas caiu 12,1% (para 203 milhões de euros), com uma descida de 8% no preço médio.
O mercado de máquinas de café encolheu 31,3%, o dos aspiradores recuou 13% e o dos ferros de engomar diminuiu 8,5%.
Tablets e smartphones “salvam” telecomunicações
A área das telecomunicações, única categoria que regista uma progressão das vendas no segmento dos bens de equipamento, foi “protegida” pelos “gadgets”, designadamente pela venda de “tablets” e de “smartphones”. No total, na área de telecomunicações houve um aumento de 4,8%, para 207 milhões de euros. E registou um aumento de 6,3% no preço.
Com comportamentos muitos distintos. Enquanto a venda de telemóveis “clássicos” caiu 37,2%, a de “smartphones” aumentou 46,4% e a de “tablets” e de acessórios de telemóveis aumentou 20,1%.
Mercado de consolas “cortado” em um terço
Na área de entretenimento e papelaria, o volume de vendas caiu 20,2% (para 307 milhões de euros), com um recuo de 7,8% do preço médio.
Aqui, a área de consolas registou uma perda de 33,1%, uma diminuição de 26% na área de “software” e de 9,2% na venda de livros.