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Supervisor suíço questiona Ricardo Salgado em Lisboa

O supervisor financeiro suíço (FINMA) está em Lisboa a questionar Ricardo Salgado, na sede da CMVM, avança a SIC Notícias. Ao que o Negócios apurou, o ex-líder do BES está a ser ouvido por ter sido administrador do Banque Privée.

Correio da Manhã
09 de Abril de 2015 às 13:44
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Ricardo Salgado está a ser questionado pelo Supervisor dos Mercados Financeiros suíço (FINMA) sobre a sua actuação enquanto administrador não executivo do Banque Privée Espírito Santo, instituição de "private banking" que o Grupo Espírito Santo tinha na Suíça.

 

O interrogatório está a decorrer nas instalações da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), em Lisboa, avançou a SIC Notícias.

 

Segundo apurou o Negócios, além de Ricardo Salgado a FINMA está a ouvir outros antigos administradores do Banque Privée, uma das primeiras instituições financeiras do GES a ser intervencionada na sequência da crise do grupo. Uma informação entretanto confirmada pelo advogado do antigo banqueiro.

 

"O Dr. Ricardo Salgado, na qualidade de ex-administrador não executivo do Banque Privée Espírito Santo, deslocou-se à CMVM a fim de colaborar, voluntariamente, com a entidade de regulação suíça (FINMA) no que se refere ao apuramento de factos relacionados com o BPES", adiantou Francisco Proença de Carvalho, advogado do antigo líder do BES, numa nota enviada às redacções.

 

O Banque Privée foi uma das instituições através das quais o GES colocou papel comercial e outros instrumentos de dívida da Espírito Santo International (ESI) e da Rioforte, empresas que hoje estão em processo de falência. Na sequência da intervenção da FINMA, a gestão do banco foi suspensa e os activos saudáveis foram vendidos à Compagnie Bancaire Helvétique, ainda em Julho.

 

De acordo com o Diário Económico, além da investigação dos supervisores, quatro antigos administradores do Banque Privée – Ricardo Salgado, José Manuel Espírito Santo Silva, Manuel Espírito Santo Silva e António Ricciardi – foram alvo de uma queixa-crime por parte de um cliente do banco de fortunas suíço. O queixoso aponta o dedo a estes gestores pelo facto de serem simultaneamente administradores do Privée e da ESI.

 

(Notícia actualizada às 15h45 com declaração do advogado de Ricardo Salgado)

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