Notícia
Supervisor dos seguros revê os riscos do setor em baixa ligeira
A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões alterou para melhor a tendência de risco da liquidez e rendibilidade do setor. Contexto macroeconómico e mercados continuam a ser os fatores mais negativos.
A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) está ligeiramente mais otimista em relação ao futuro imediato do setor, mas continua a alertar para os riscos macroeconómicos e de mercado.
A alteração consta do relatório trimestral "Painel de Risco do Setor Segurador", publicado nesta sexta-feira e no qual a ASF avalia o risco colocado ao setor em oito parâmetros, avaliando o momento presente e a tendência de cada critério.
Face à última análise, publicada em dezembro de 2022, o supervisor manteve a avaliação do risco atual de quase todos os parâmetros, mas reviu em baixa (ou seja, no sentido positivo) as tendências de risco de três dos oito critérios, mantendo a avaliação nos outros cinco.
O risco macroeconómico continua, na avaliação da ASF, a ser elevado, "caracterizado por níveis de inflação ainda muito elevados – sem prejuízo do recente abrandamento desta variável –, que continuam a justificar a prossecução, pelos principais bancos centrais, de políticas monetárias contracionistas e, consequentemente, a condicionar os custos de financiamento dos agentes económicos", lê-se no documento, que alerta também para "o elevado o risco de potenciais impactos económicos adversos associados à incerteza do contexto geopolítico".
O outra ameaça é a dos mercados, que também permanece alta. Depois da sequência de falências de bancos norte-americanos iniciada com o caso do SBV, logo seguida pela venda-relâmpago do gigante helvético Credit Suisse, a ASF fala, sem identificar no "mais recente episódio de turbulência no setor bancário", que se "refletiu "num aumento pronunciado dos níveis de volatilidade, assistindo-se a quebras nos principais índices acionistas.
Apesar da resultante correção descendente, persistem ainda sinais de sobrevalorização em alguns segmentos do mercado, sendo de salientar, a este respeito, o progressivo aumento da exposição das empresas de seguros nacionais a títulos acionistas, tendência que se acentuou no último trimestre de 2022". A análise leva a ASF a constatar que "as categorias de riscos de crédito e de mercado mantêm as respetivas avaliações em médio-alto e alto, respetivamente".
No critério da liquidez o risco permanece médio-baixo, mas melhorou a tendência "devido ao aumento do rácio de liquidez dos ativos no último trimestre de 2022, contrariando a evolução observada nos trimestres anteriores do ano".
No critério da rendibilidade e solvabilidade há uma alteração semelhante:"A classificação do risco permanece em médio-baixo, com tendência inclinada descendente. Esta melhoria reflete o aumento geral dos resultados líquidos".
A categoria de riscos colocados por interligações (ou seja, ligações a outros setores e atividades) foi revista em alta no momento atual e também na perspetiva futura.
A ASF assinala que "a tendência de decréscimo da exposição das empresas de seguros à dívida soberana nacional, observável desde o início de 2022 e que foi mais acentuada no último trimestre, motivou a revisão da classificação do nível de risco desta categoria para médio-baixo". Ainda assim, o supervisor avisa que "não obstante, constata-se o aumento do nível de concentração dos ativos por grupo económico, e em menor escala, por setor de atividade".
A alteração consta do relatório trimestral "Painel de Risco do Setor Segurador", publicado nesta sexta-feira e no qual a ASF avalia o risco colocado ao setor em oito parâmetros, avaliando o momento presente e a tendência de cada critério.
O risco macroeconómico continua, na avaliação da ASF, a ser elevado, "caracterizado por níveis de inflação ainda muito elevados – sem prejuízo do recente abrandamento desta variável –, que continuam a justificar a prossecução, pelos principais bancos centrais, de políticas monetárias contracionistas e, consequentemente, a condicionar os custos de financiamento dos agentes económicos", lê-se no documento, que alerta também para "o elevado o risco de potenciais impactos económicos adversos associados à incerteza do contexto geopolítico".
O outra ameaça é a dos mercados, que também permanece alta. Depois da sequência de falências de bancos norte-americanos iniciada com o caso do SBV, logo seguida pela venda-relâmpago do gigante helvético Credit Suisse, a ASF fala, sem identificar no "mais recente episódio de turbulência no setor bancário", que se "refletiu "num aumento pronunciado dos níveis de volatilidade, assistindo-se a quebras nos principais índices acionistas.
Apesar da resultante correção descendente, persistem ainda sinais de sobrevalorização em alguns segmentos do mercado, sendo de salientar, a este respeito, o progressivo aumento da exposição das empresas de seguros nacionais a títulos acionistas, tendência que se acentuou no último trimestre de 2022". A análise leva a ASF a constatar que "as categorias de riscos de crédito e de mercado mantêm as respetivas avaliações em médio-alto e alto, respetivamente".
No critério da liquidez o risco permanece médio-baixo, mas melhorou a tendência "devido ao aumento do rácio de liquidez dos ativos no último trimestre de 2022, contrariando a evolução observada nos trimestres anteriores do ano".
No critério da rendibilidade e solvabilidade há uma alteração semelhante:"A classificação do risco permanece em médio-baixo, com tendência inclinada descendente. Esta melhoria reflete o aumento geral dos resultados líquidos".
A categoria de riscos colocados por interligações (ou seja, ligações a outros setores e atividades) foi revista em alta no momento atual e também na perspetiva futura.
A ASF assinala que "a tendência de decréscimo da exposição das empresas de seguros à dívida soberana nacional, observável desde o início de 2022 e que foi mais acentuada no último trimestre, motivou a revisão da classificação do nível de risco desta categoria para médio-baixo". Ainda assim, o supervisor avisa que "não obstante, constata-se o aumento do nível de concentração dos ativos por grupo económico, e em menor escala, por setor de atividade".