Portugal contribuiu para a descida das contas da seguradora Mapfre. Os lucros do grupo espanhol caíram 12% nos primeiros nove meses do ano, período em que o negócio em Portugal deu menos resultado a Madrid.

De acordo com o comunicado publicado pela instituição financeira espanhola, Portugal obteve um resultado antes de impostos de 1,5 milhões de euros negativos entre Janeiro e Setembro. O número compara com um resultado nulo no mesmo período do ano anterior.

A evolução do resultado ocorre apesar de os prémios obtidos com os seguros concedidos em Portugal terem crescido 2,8% para 153,3 milhões.

O negócio nacional é, contudo, muito menos relevante do que o de Espanha, sendo que é ela que acaba por ditar a descida de 24,9% do resultado operacional conseguido na Península Ibérica.

Além da Ibéria, também os Estados Unidos apresentaram uma evolução negativa na operação. Ao todo, o grupo espanhol marcou uma diminuição de 12,1% do lucro obtido nos primeiros nove meses do ano, que se fixou em 591,3 milhões até Setembro.

Os prémios do grupo subiram 5,4%, impulsionados pelo ramo não vida, que acabou por compensar o vida, que cedeu "devido ao ambiente desfavorável de taxas de juro".

A margem de solvência da Mapfre fixou-se em 253% no referido período. "Os fortes níveis de solvência permitem manter o dividendo interno de 6 cêntimos por acção", anunciou ainda o grupo no comunicado. 

Em Portugal, a Mapfre vai, através da parceria que tem com o Bankinter, adquirir a área de seguros não vida do Barclays, numa operação avaliada em 75 milhões de euros.