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Pandemia não afetou impressão de dinheiro. Mas procura por notas diminuiu

A pandemia não impediu o Banco de Portugal de imprimir 317 milhões de notas, mas afetou a procura de notas que caiu 6,8%. No ano passado foram ainda trocadas 34 480 notas de escudo, no valor de 542 mil euros.

Leonhard Foeger/Reuters
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A pandemia e as consequentes medidas de contenção não impediram o Banco de Portugal (BdP) de concluir os planos de produção e distribuição de notas durante o ano passado, por outro lado a procura de notas caiu durante este período, de acordo com um comunicado divulgado esta quinta-feira pela instituição liderada por Mário Centeno.

 

"Para garantir eficiência na produção de notas de euro, o Banco de Portugal prolongou até 2026 o acordo estabelecido em 2018 com os bancos centrais da Bélgica e da Áustria, que determinou a fusão das quotas de produção de notas de euro dos três bancos centrais e a divisão equitativa dessa produção entre a Valora S. A., o impressor de notas detido pelo Banco de Portugal, e o impressor austríaco", pode ler-se na nota do BdP.

Assim, "em 2021, a Valora entregou ao Banco de Portugal 317 milhões de notas ao abrigo desse acordo. O Banco de Portugal distribuiu por outros bancos centrais do eurosistema 396 milhões de notas, e recebeu 139 milhões", acrescenta o banco central. Contas feitas, foram 456 milhões de notas as introduzidas no ano passado pelo banco central português.

 

Relativamente à procura por dinheiro fiduciário, tanto a procura por notas de euro junto do Banco de Portugal como o montante de notas entradas no Banco também caíram 6,8% e 2,3%, respetivamente.  

Tal como em 2020, o valor de notas saídas foi superior ao das notas entradas. Para o Banco de Portugal, "esta evolução refletirá a menor entrada de notas em Portugal por via do turismo e a maior retenção de notas pelo público, para efeito de reserva de valor, comportamento típico em períodos de crise."

O valor das notas colocadas em circulação pelo Banco de Portugal, que evidenciou até 2019 uma tendência de decréscimo, voltou, assim, a aumentar pelo segundo ano consecutivo.

 

Já a entrada e a saída de moedas aumentaram, em valor, 30% e 41%, respetivamente.  O banco central esclarece que "a emissão líquida de moedas tem crescido continuamente desde a introdução do euro e, em 2021, voltou a aumentar (2,8%, para 702 milhões de euros)".

 

Em matéria de controlo de dinheiro falso ou inapto para circulação, o Banco de Portugal verificou a genuinidade e a qualidade de 448 milhões de notas e de 64 milhões de moedas e destruiu e incinerou, aproveitando a energia elétrica gerada nesse processo, 59 toneladas de notas inaptas para voltar a circular.

 

O Banco de Portugal valorizou ainda, manualmente, 39.557 notas de euro e 1339 de escudo deterioradas, restituindo a quem as apresentou um valor equivalente a 1,6 milhões de euros.

A instituição financeira liderada por Mário Centeno também avaliou 281 mil notas de euro neutralizadas por dispositivos antirroubo. O banco esclarece ainda que atualmente "as instituições de crédito e as empresas de transporte de valores processaram, em conjunto, 6 vezes mais notas e 26 vezes mais moedas do que o Banco de Portugal".

 

No que toca ao controlo da legalidade do dinheiro em circulação, o número de contrafações de notas e moedas de euro apreendidas permaneceu residual, tendo sido retiradas de circulação 10.836 notas e 1.513 moedas contrafeitas, correspondentes a percentagens residuais do total de notas e moedas em circulação. "As contrafações mais apreendidas foram as de 20 euros, no caso das notas, e as de 2 euros, no caso das moedas", especifica o BdP.

 

O ano passado ficou ainda marcado por ter sido o último ano em que foi possível trocar notas de escudo em euros, tendo sido durante este período trocadas 34.480 notas de escudo, no valor de 542 mil euros, mais 10.263 notas do que em 2020. 

 

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