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Mais de 50 trabalhadores vão sair da sucursal em França do BPI

Mais de 50 trabalhadores da sucursal do BPI em França vão sair do banco até final de Março, na sequência do encerramento de sete agências no país, disseram à Lusa fontes sindicais.

O CaixaBI recomenda “acumular” para o BPI, considerando que o foco do banco em 2018 continuará a estar relacionado com a capacidade de capturar sinergias. O banco de investimento não antecipa nenhuma alteração relevante no valor de mercado do BPI, que deverá continuar a beneficiar com um balanço sólido e baixos custos de financiamento, que lhe deverão permitir ser mais agressivo na concessão de crédito aos clientes.
09 de Fevereiro de 2017 às 09:30
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No final de Janeiro, o BPI encerrou definitivamente as agências da sucursal de França localizadas em Argenteuil, Boulogne, Champigny, Drancy, Melun, Saint Germain e Villejuif, mantendo em funcionamento apenas a agência sede, em Paris, e a agência de Lyon.

 

Este emagrecimento da rede comercial vai ser acompanhado pela saída de mais de 50 trabalhadores.

 

Segundo confirmaram à Lusa fontes sindicais, nos últimos meses, o BPI esteve a negociar com os sindicatos franceses as condições financeiras de saída destes trabalhadores com supervisão das autoridades laborais francesas.

 

Uma parte dos funcionários sairá definitivamente do BPI já no final deste mês e os restantes em fim de Março.

 

Há ainda dois trabalhadores que pertencem aos quadros do BPI em Portugal que estavam deslocados em França e que voltarão aos seus lugares de origem.

 

A Lusa contactou o BPI sobre este assunto, mas não recebeu qualquer informação de fonte oficial.

 

O BPI tem vindo, nos últimos anos, a reduzir o número de trabalhadores. Aliás, o emagrecimento de estruturas tem sido comum aos principais bancos que operam em Portugal, numa tentativa de melhorarem os seus resultados.

 

Apenas em 2016 saíram do banco 392 trabalhadores em Portugal, um número que "exclui trabalho temporário".

 

Em termos de custos, o BPI gastou com pessoal 289,4 milhões de euros, menos 1,5% face a 2015.

 

Contudo, este valor não inclui os custos que o banco teve com reformas antecipadas, de 59,7 milhões de euros, mas também não se consideram as poupanças decorrentes da revisão do Acordo Colectivo de Trabalho do sector bancário, de 42,9 milhões de euros.

 

No total da actividade doméstica e internacional, o Grupo BPI tinha, no final de 2016, 8.157 trabalhadores, menos 372 funcionários, o que significava que na actividade fora de Portugal o banco tinha contratado 20 pessoas em termos líquidos.

 

O Grupo BPI teve lucros de 313,2 milhões de euros em 2016, mais 32,5% do que em 2015, mais de metade referentes à actividade internacional, sobretudo ao Banco de Fomento de Angola (BFA). 

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