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Lucro do BCP em Portugal quase duplica para 556,8 milhões até setembro

O resultado consolidado do banco liderado por Miguel Maya atingiu 650,7 milhões de euros, um valor mais de sete vezes superior ao registado no período homólogo.

Duarte Roriz
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O BCP registou um resultado de 556,8 milhões de euros em Portugal nos primeiros nove meses do ano, o que representa uma melhoria de 93% face aos 288,4 milhões obtidos no período homólogo.

O resultado consolidado disparou para 650,7 milhões de euros, multiplicando por mais de sete vezes os 89,8 milhões obtidos no período homólogo.

"É um bom trimestre para o banco que materializa um trabalho feito ao longo de vários anos", sublinhou o CEO Miguel Maya na apresentação de resultados.

O produto bancário em Portugal cresceu 27,1% para 1,48 mil milhões de euros. A margem financeira aumentou 63,6% para quase 1,1 mil milhões. As comissões tiveram uma evolução residual de 0,5% e fixaram-se em 419,8 milhões de euros.

"É uma evolução francamente favorável", comentou o presidente executivo do banco.

A nível consolidado, a margem subiu 37% e rendeu 2,12 mil milhões de euros, enquanto as comissões evoluíram 0,8% para 578,5 milhões.

Os recursos totais de clientes em Portugal caíram 2,3% para 65,64 mil milhões de euros. Os depósitos a prazo cresceram de 17,59 mil milhões de euros para 20,89 mil milhões, enquanto os depósitos à ordem caíram de 33,68 mil milhões de euros para 29,51 mil milhões. Nos resultados globais, pelo contrário, os recursos dos clientes subiram 1,4% para 92,38 mil milhões de euros.

A carteira de crédito (bruto) na operação em território nacional desceu 3,97% para 39,4 mil milhões de euros, evolução explicada sobretudo pelos empréstimos às empresas, que recuaram de 19,93 mil milhões para 18,33 mil milhões de euros. No resultado consolidado a queda foi de 3,3% para 56,66 mil milhões de euros.

O crédito à habitação em Portugal teve uma queda ligeira de 18,92 para 18,82 mil milhões de euros. O crédito pessoal teve um aumento ligeiro de 2,18 para 2,24 mil milhões de euros.

Ainda na operação portuguesa, as exposições não produtivas (NPE, na sigla inglesa) caíram 22,4%, de 1,54 mil milhões de euros para 1,19 mil milhões.

No final de Setembro, o BCP apresentava um rácio Common Equity Tier 1 (CET 1) de 14,9%, numa evolução significativa face aos 11,4% registado um ano antes.

A rentabilidade, medida pelo rácio "Return on Equity" (RoE), atingiu 16,7%.

Contrariando a tendência dos últimos anos, o quadro de pessoal do BCP cresceu nos últimos 12 meses, passando de 6.257 trabalhadores em setembro de 2022 para 6.275 pessoas no final do terceiro triemstre de 2023.

Polónia com contributo positivo

O polaco Millennium Bank, do qual o BCP é acionista maioritário com 51%, teve um contributo positivo de 100 milhões de euros para os resultados coknsolidados.

O banco registou um aumento de imparidades de 292,4 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2022 para 482,5 milhões de euros em 2023. Em causa estão ainda os créditos hipotecários em francos suíços, nomeadamente "o impacto extraordinário da revisão da metodologia de provisionamento para riscos de litigância".

Dividendos? "Não pediremos aos acionistas o esforço que pedimos no passado"

Questionado sobre qual será a política de dividendos relativa a este ano, Miguel Maya não quis adiantar números mas garantiu que "o esforço de não pagar dividendos foi muito importante" e que apesar de o país ter "muitas coisas pela frente até ao final do ano", o que obriga o banco a ser prudente, "em nenhuma circunstância podemos pedir aos acionistas o que pedimos no passado". 

No entanto, o CEO fez questão de sublinhar que "o banco está bem capitalizado" e que o tema será decidido em assembleia geral de acionistas.
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