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Fundo de Resolução paga mais 92 milhões em juros por resolução do BES. Estado recebe 78 milhões

Em causa está o empréstimo de 3,9 mil milhões de euros concedido pelo Estado ao Fundo de Resolução e os 700 milhões de euros emprestados pela banca. Estado, que foi quem mais emprestou dinheiro ao Fundo de Resolução, recebe 78 milhões de euros em juros.

O processo de insolvência do BES    iniciou-se em 2016 e ainda não há perspetivas de quando irá ser concluído.
Rafael Marchante/Reuters
31 de Dezembro de 2021 às 13:47
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O Fundo de Resolução pagou esta sexta-feira mais 92 milhões de euros em juros ao Estado e a sete instituição de crédito devido aos empréstimos obtidos em 2014 para financiar a resolução do antigo Banco Espírito Santo (BES). Desse montante, 78 milhões de euros revertem para os cofres do Estado. 

"O Fundo de Resolução efetuou hoje [sexta-feira] o pagamento dos juros devidos ao Estado e a um conjunto de instituições de crédito relativamente aos empréstimos obtidos, em 2014, para o financiamento da medida de resolução aplicada ao Banco Espírito Santo", indica o Fundo de Resolução, numa nota enviada à comunicação social.

Em causa está o empréstimo de 3,9 mil milhões de euros concedido pelo Estado ao Fundo de Resolução e os 700 milhões de euros emprestados por sete bancos (Caixa Geral de Depósitos, Banco Comercial Português, Banco BPI, Banco Santander Totta, Caixa Económica Montepio Geral, Banco BIC Português e Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo), para resgatar o antigo BES.

Segundo o Fundo de Resolução, o valor dos juros pagos ao Estado "foi de 78 milhões de euros" e à banca foram pagos 14 milhões de euros. Em 2021, a taxa de juro aplicável àqueles empréstimos "foi de 2%".

Com os novos pagamentos efetuados esta sexta-feira, o Fundo de Resolução já pagou em juros, desde 2014 (ano da resolução do BES), 691 milhões de euros, incluindo os juros relativos ao empréstimo obtido em 2015 para o financiamento da resolução do Banif. Já o valor de juros pagos aos bancos totaliza 118 milhões de euros.

A partir do próximo ano, as taxas de juro associadas a esses empréstimos irão ser revistas e passarão a refletir o custo das obrigações do Tesouro a cinco anos registado no final do ano, que é atualmente negativo, ao qual acresce uma comissão de 0,15%. Ou seja, o Fundo de Resolução irá pagar menos.

Na prática, os juros são pagos na sua maioria pelo Estado, que foi quem mais emprestou dinheiro ao Fundo de Resolução.
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