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DBRS diz que corte do gás russo pode impactar planos dos bancos europeus
Agência de notação financeira canadiana alerta que o corte do gás russo pode ter impacto "significativo" no PIB dos países da zona euro e os "planos de capital dos bancos europeus sofreriam revisões significativas"
O corte no fornecimento do gás russo pode ter impacto "significativo" no capital dos bancos europeus.
De acordo com a agência de notação financeira canadiana DBRS Morningstar, no cenário de corte do fornecimento do gás russo, "a substituição total de outras fontes de abastecimento não seria possível num curto período de tempo". Esta situação pode provocar um impacto "significativo" no PIB dos países da zona Euro e os "planos de capital dos bancos europeus sofreriam revisões significativas".
Além disso, refere a análise da DBRS, os bancos europeus "teriam uma capacidade muito mais limitada de distribuição de dividendos" e as instituições bancárias "com almofadas de capital reduzidas, podem vir a ter de mergulhar nas reservas de capital".
"Há uma grande incerteza em relação aos efeitos económicos do conflito na Ucrânia. Uma possível interrupção do fornecimento de gás russo, provavelmente levaria ao racionamento e inflação ainda mais alta, o que prejudicaria significativamente as perspetivas de crescimento da Zona do Euro", disse Carlo Capuano, vice-presidente da Sovereign Ratings
Até agora, a agência de rating considerou que a guerra na Ucrânia tem tido um impacto "administrável" para os bancos europeus, apesar de prever uma redução dos lucros da banca europeia, que deverão levar a uma revisão dos planos de distribuição de dividendos e de compra de ações.
A DBRS lembra ainda que o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu em 1,5 pontos percentuais as previsões de crescimento do PIB dos países da zona Euro passando para os 2,8% para 2022.