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Contas "low cost" crescem com mais clientes a cortarem nas comissões bancárias

Banco de Portugal revela que houve um crescimento de 11% no número de contas de serviços mínimos bancários (SMB), conhecidas por contas "low cost". Há quase um quarto de milhão destas contas que custam, no máximo, 1% do indexante dos apoios sociais.

Thomas Trutschel/AP
19 de Fevereiro de 2025 às 14:15
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As contas de serviços mínimos bancários (SMB) voltaram a crescer no ano passado, embora a um ritmo inferior ao do ano anterior. Aumentou em 11% o número de cidadãos com esta conta "low cost", sendo o crescimento explicado pela crescente conversão de contas normais, com os clientes bancários a pouparem nas comissões.

No final de 2024, existiam 246.047 contas de SMB, mais 11% do que no final de 2023", diz o Banco de Portugal. Em 2023, na comparação com o ano anterior, o crescimento tinha sido de 19% e em 2022, face a 2021, tinham aumentado em 25%.

Houve um abrandamento na adesão a estas contas, mas a tendência continua a ser ascendente. E não tanto pela constituição de novas contas, mas sim pela conversão de contas ditas comuns para estas.

"Em 2024, das 30.140 contas de SMB constituídas, 19.372 (64,3%) resultaram da conversão de uma conta de depósitos à ordem já existente na instituição e 10.768 (35,7%) da abertura de novas contas no sistema bancário.

O Banco de Portugal nota que "no total de contas de SMB constituídas, tem vindo a aumentar o peso das conversões de conta". "A proporção de contas de SMB constituídas que resulta da abertura de novas contas foi de 47,1% em 2022, de 40,8% em 2023, e de 35,7% em 2024".

A conversão é explicada em grande medida pelos encargos associados às contas tradicionais dos bancos comerciais. As contas "low cost" têm um custo de, no máximo, 1% do indexante dos apoios sociais. Ou seja, o encargo anual não pode exceder os 5,22 euros, o que equivale, em média, ao encargo mensal numa conta normal.

Seniores dominam contas "low cost"

Mas quem escolhe estas contas? O Banco de Portugal faz um breve "raio-x" aos novos clientes das contas "low cost", sinalizando um crescimento da procura por parte dos seniores.

"Em 2024, 50,6% das contas de SMB foram constituídas por clientes do género feminino (51,0% em 2023)", diz, sendo que "as pessoas com idade igual ou superior a 65 anos constituíram 38,1% das contas de SMB (37,3% em 2023)".

"Em 58,0% dos casos, a idade dos titulares era igual ou superior a 25 anos e inferior a 65 anos (59,1% em 2023). A proporção de titulares com menos de 25 anos continuou a ser reduzida, com 3,9% do total de contas constituídas (3,5% em 2023)", remata.

Um em cada quatro faz poupanças

Além de pouparem nos custos com a conta, os clientes destas contas "low cost" também procuram fazer render as suas poupanças. "No final de 2024, 24,0% das contas de SMB eram tituladas por clientes que tinham depósitos a prazo (22,7% em 2023)", diz o Banco de Portugal.

Se um cada quatro faz poupanças, são poucos os que têm créditos junto das instituições onde contrataram a conta "low cost". Só "15,2% por clientes que tinham produtos de crédito junto da mesma instituição (15,0% em 2023)", nota o regulador do setor financeiro.

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