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CEO do Deutsche Bank já se está a preparar para o "hard" Brexit

John Cryan informou os funcionários que o banco alemão se está a preparar para o "pior cenário", não se podendo dar ao luxo de esperar pelo fim das negociações entre o Reino Unido e a UE.

19 - John Cryan. O Co-CEO do Deutsche Bank ganhou 4,7 milhões de dólares em 2015, sendo que assumiu o cargo em Julho do ano passado. Agora lidera o banco sozinho e enfrenta fortes desafios, devido aos prejuízos de 6,8 milhões de dólares obtido no passado e aos receios com o nível de capital do banco.
reuters, bloomberg
20 de Julho de 2017 às 12:08
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O Deutsche Bank está a preparar-se para o chamado "hard" Brexit, e deverá transferir grande parte dos seus serviços de Londres para Frankfurt. De acordo com a Bloomberg, esta informação foi revelada pelo próprio CEO do banco, John Cryan, aos funcionários da instituição, numa mensagem gravada em vídeo.

"Assumiremos o pior cenário", admitiu o responsável. "E é provável que o pior seja pior do que as pessoas imaginam".

A incerteza em torno do futuro relacionamento entre o Reino Unido e a União Europeia está a levar as instituições financeiras a prepararem a saída – ou pelo menos a transferência de uma parte dos seus serviços – para outras localizações na Europa. Como acontece com muitos outros grandes bancos, a escolha do Deutsche Bank recai sobre Frankfurt.

"Ainda há muitos detalhes por resolver e acordar; dependendo das alterações das regras e regulamentos, tentaremos minimizar as perturbações para os nossos clientes e para os nossos próprios funcionários", garantiu o responsável acrescentando que terão de ser "transferidos" ou pelo menos "acrescentados" cargos naquela cidade alemã, por causa da saída do Reino Unido da UE.

Cryan disse ainda aos trabalhadores do Deutsche Bank que a instituição não se pode dar ao luxo de adiar as decisões relacionadas com o Brexit, à espera que terminem as negociações entre o Governo britânico e os parceiros europeus sobre a futura relação entre o Reino Unido e o bloco regional na sequência do "divórcio".

Ainda que o maior banco alemão não precise de criar uma nova subsidiária na Europa – ao contrário do que acontece com outras grandes instituições financeiras -, o CEO John Cryan admite que o Brexit deverá ter um impacto "significativo" no banco.

Além do Deutsche Bank, também o Standard Chartered Plc, o Nomura Holdings, o Sumitomo Mitsui Financial Group e o Daiwa Securities Group anunciaram nas últimas semanas que a sua escolha recai sobre Frankfurt, como alternativa a Londres. 

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