Notícia
Caixa confortável com a reestruturação financeira da TAP
A reestruturação financeira da TAP deixa a CGD confortável. O banco do Estado não aumentou crédito à transportadora, assegurou as mesmas condições que o resto da banca e tem garantias de reembolso equivalentes.
A administração da Caixa Geral de Depósitos está confortável com a reestruturação financeira da TAP, uma vez que, mesmo com a venda da transportadora ao consórcio Gateway, o banco público mantém um nível de garantias equivalentes às que existiam quando a empresa era detida a 100% pelo Estado.
O Negócios sabe que a CGD não aumentou o crédito à companhia e, além disso, conseguiu assegurar condições de prazo e de taxas de juro dos empréstimos idênticas às das restantes instituições financeiras. Os pormenores do acordo não são conhecidos.
No que diz respeito aos colaterais dos empréstimos, apesar da privatização da TAP implicar que o Estado deixa de dar garantias de reembolso desses créditos, o acordo fechado com os bancos dá um grau de segurança equivalente ao que existia antes. Assim, para a Caixa e para os restantes bancos – BCP, Deutsche Bank, e BIC–, o nível de risco desta exposição mantém-se inalterado.
Recorde-se que, no âmbito deste acordo, ficou definido que, após a privatização, a TAP vai entregar à Parpública contas mensais consolidadas, permitindo à "holding" do Estado controlar mensalmente a situação financeira da transportadora. Está contratualmente previsto que o Estado reverta o negócio antes de haver uma deterioração da situação financeira da TAP, ou seja, antes de a companhia voltar a ficar com capitais próprios negativos.