Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Bloomberg: Não cancele as suas férias por causa do BES

Numa altura em que a imprensa internacional dá destaque à crise no GES, a agência noticiosa cita analistas que procuram acalmar os receios de uma nova crise do euro.

Miguel Baltazar/Negócios
10 de Julho de 2014 às 15:51
  • 6
  • ...

"Não cancele, para já, aqueles planos de férias". É desta forma que a agência noticiosa Bloomberg vem colocar água na fervura, numa altura em que a generalidade dos meios económicos de referência, como o Financial Times e o Wall Street Journal, dão destaque à crise financeira no Grupo Espírito Santo que está hoje a arrastar a banca portuguesa e a provocar turbulência nos mercados internacionais.

 

Num artigo, onde cita vários analistas, a Bloomberg escreve que as quedas acentuadas na bolsa portuguesa e nas cotações da dívida lusa não auguram o regresso de uma crise do euro – que obrigou os líderes políticos europeus a encurtar as suas férias em Agosto de 2012.

 

A agência noticiosa lembra que "até a Grécia" emitiu dívida esta quinta-feira, embora com taxas de juro mais elevadas do que alguns analistas previam. Mas a verdade é que também um banco espanhol, o Banco Popular, decidiu cancelar uma emissão de obrigações perpétuas, potencialmente convertíveis em acções, devido às condições "débeis" do mercado.

 

"A percepção actual é de que se trata de um incidente isolado, mas que causou algum nervosismo", defende Jim Reid, estratega do Deutsche Bank, em Londres, citado pela agência noticiosa.

 

"Então, porque não carregar no botão de pânico?", pergunta a Bloomberg no mesmo artigo. E responde: Principalmente porque o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, continua com a sua garantia de reforçar o euro "custe o que custar".

 

O BCE tem ido sempre mais longe no apoio à economia da região desde o pico da crise, cortando as taxas de juro e oferecendo aos bancos novos empréstimos.

 

"Esta é a última rede de segurança", defende Holger Schmieding, economista-chefe do Berenberg Bank, citado pela Bloomberg. "É mais forte agora do que quando a inflação era maior".

 

A crise financeira do Grupo Espírito Santo e os receios em torno da sua solidez têm penalizado fortemente as acções do Banco Espírito Santo e da Portugal Telecom, arrastando todo o sector financeiro. Esta quinta-feira, os efeitos chegaram de forma mais expressiva às restantes praças europeias, onde a aversão ao risco é hoje a nota dominante.  

Ver comentários
Saber mais Bloomberg Financial Times Wall Street Journal Grupo Espírito Santo mercado financeiro
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio