Notícia
BCE avisa para aumento do risco do crédito e pede "prudência extrema" aos bancos
O Banco Central Europeu teme um acumular de empréstimos de má qualidade, alerta para um aperto na concessão de crédito e anuncia que vai intensificar as inspeções.
O Banco Central Europeu (BCE) alerta para o cenário de acumulação de crédito de má qualidade no balanço das instituições financeiras da zona euro, avisa que a concessão de empréstimos pode sofrer restrições por causa da subida das taxas de juro e garante que vai aumentar a frequência e abrangência das inspeções.
No relatório de prioridades estratégicas do Mecanismo Único de Supervisão para o período 2023-2025, a instituição liderada por Christine Lagarde escreve que "o choque geopolítico provocado pela invasão da Ucrânia e as respetivas consequências macro-financeiras trouxeram incertezas acrescidas sobre a evolução da economia e dos mercados financeiros, além de riscos elevados para o setor bancário". O regulador europeu conclui que "a situação atual pede prudência extrema por parte dos bancos e dos supervisores".
O BCE planeia, por isso, fazer mais inspeções, direcionadas aos maiores credores da zona euro e aos setores mais afetados pelas consequências da guerra na Ucrânia, como o da energia.
Os técnicos de Frankfurt vão também prestar especial atenção às "estratégias de saída" dos bancos com maior volume de empréstimos barato do BCE durante a pandemia "e que estão mais vulneráveis a aumentos dos custos de financiamento no mercado".
As famílias também vão sofrer impactos, sobretudo as que de menores rendimentos, com endividamentos mais significativos, ou crédito à habitação a taxa variável.
O supervisor sublinha ainda que a inflação alta e o aumento das taxas de juro levarão, escrevem os técnicos, a uma "provável recessão".
No relatório de prioridades estratégicas do Mecanismo Único de Supervisão para o período 2023-2025, a instituição liderada por Christine Lagarde escreve que "o choque geopolítico provocado pela invasão da Ucrânia e as respetivas consequências macro-financeiras trouxeram incertezas acrescidas sobre a evolução da economia e dos mercados financeiros, além de riscos elevados para o setor bancário". O regulador europeu conclui que "a situação atual pede prudência extrema por parte dos bancos e dos supervisores".
Os técnicos de Frankfurt vão também prestar especial atenção às "estratégias de saída" dos bancos com maior volume de empréstimos barato do BCE durante a pandemia "e que estão mais vulneráveis a aumentos dos custos de financiamento no mercado".
As famílias também vão sofrer impactos, sobretudo as que de menores rendimentos, com endividamentos mais significativos, ou crédito à habitação a taxa variável.
O supervisor sublinha ainda que a inflação alta e o aumento das taxas de juro levarão, escrevem os técnicos, a uma "provável recessão".