Notícia
BCE alerta bancos para resultados mais severos nos testes de stress
Depois de os bancos terem registado resultados positivos nas primeiras rondas dos testes de stress, o Banco Central Europeu deverá confrontar os cálculos das instituições de forma a obter valores que acredita serem mais credíveis.
Os reguladores europeus estão a informar os bancos de que os resultados finais dos novos testes de stress vão ser menos animadores. Isto depois de nas primeiras rondas, realizadas em maio, os bancos terem conseguido resultados robustos.
Segundo fontes citadas pela Bloomberg, o Banco Central Europeu (BCE) indicou às instituições bancárias que vão ser realizados alguns ajustes, com o objetivo de serem atingidos resultados mais credíveis.
O teste deste ano foi feito recorrendo ao pior cenário económico até à data mas, apesar disso, os resultados dos bancos têm beneficiado de um "boost" que deriva da subida das taxas de juro no ano passado, bem como de provisões mais baixas do crédito mal parado. A situação financeira das instituições tem levado alguns responsáveis a sugerir que não é demonstrada uma deterioração suficiente face ao ponto de partida dos exercícios.
Muitos banqueiros discordam e afirmam que os reguladores procuram um pior resultado apenas para colocar pressão acrescida na indústria. Por um lado, argumentam que os melhores resultados têm surgido devido a medidas tomadas para tornarem os seus negócios mais resilientes e que o retorno desses esforços devem ser registados.
Por outro, os reguladores estão numa situação em que resultados mais positivos permitem aos bancos reduzir as suas almofadas de capital através de remuneração acionista, o que poderá ser um risco, caso a situação económica se torne mais desafiante.
Mais especificamente, em causa estarão casos em que as projeções dos bancos sejam muito diferentes da do regulador, neste caso o BCE ou a Autoridade Bancária Europeia (EBA), em que será pedido que sejam entregues os cálculos juntamente com os resultados. De acordo com fontes da Bloomberg, tal deverá acontecer na "fase de qualidade" que deve, por isso, demorar mais tempo do que em exercícios anteriores.
Os bancos são testados com um cenário mais adverso e outro base — que reflete as projeções dos bancos centrais e que pressupõe um "agravamento das tensões geopolíticas levando a uma forte queda do produto interno bruto (PIB), com inflação persistente e taxas de juros altas", detalhou a EBA. Na hipótese base, o PIB da UE cresce 0,4% em 2023, acelerando para 1,8% e 1,9% nos anos seguintes. No adverso, contrai 3,5% em 2023 e 4,2% em 2024, antes de voltar a um crescimento de 1,6% em 2025.
O período em causa é de três anos, contando com o atual, ou seja, até 2023. Apesar de maior pressão para resultados mais realistas, os cenários e a metodologia devem manter-se inalterados e os resultados serão publicados, como previsto, no final de julho.
Entre os bancos portugueses, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o BCP continuam a ser os únicos bancos portugueses na lista dos testes de stress da EBA, sendo que o Novo Banco será avaliado pelo BCE. Já o BPI e o Santander Totta, por estarem integrados em grupos de grande dimensão – CaixaBank e Santander Totta – serão avaliados pela EBA indiretamente.
Segundo fontes citadas pela Bloomberg, o Banco Central Europeu (BCE) indicou às instituições bancárias que vão ser realizados alguns ajustes, com o objetivo de serem atingidos resultados mais credíveis.
Muitos banqueiros discordam e afirmam que os reguladores procuram um pior resultado apenas para colocar pressão acrescida na indústria. Por um lado, argumentam que os melhores resultados têm surgido devido a medidas tomadas para tornarem os seus negócios mais resilientes e que o retorno desses esforços devem ser registados.
Por outro, os reguladores estão numa situação em que resultados mais positivos permitem aos bancos reduzir as suas almofadas de capital através de remuneração acionista, o que poderá ser um risco, caso a situação económica se torne mais desafiante.
Mais especificamente, em causa estarão casos em que as projeções dos bancos sejam muito diferentes da do regulador, neste caso o BCE ou a Autoridade Bancária Europeia (EBA), em que será pedido que sejam entregues os cálculos juntamente com os resultados. De acordo com fontes da Bloomberg, tal deverá acontecer na "fase de qualidade" que deve, por isso, demorar mais tempo do que em exercícios anteriores.
Os bancos são testados com um cenário mais adverso e outro base — que reflete as projeções dos bancos centrais e que pressupõe um "agravamento das tensões geopolíticas levando a uma forte queda do produto interno bruto (PIB), com inflação persistente e taxas de juros altas", detalhou a EBA. Na hipótese base, o PIB da UE cresce 0,4% em 2023, acelerando para 1,8% e 1,9% nos anos seguintes. No adverso, contrai 3,5% em 2023 e 4,2% em 2024, antes de voltar a um crescimento de 1,6% em 2025.
O período em causa é de três anos, contando com o atual, ou seja, até 2023. Apesar de maior pressão para resultados mais realistas, os cenários e a metodologia devem manter-se inalterados e os resultados serão publicados, como previsto, no final de julho.
Entre os bancos portugueses, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o BCP continuam a ser os únicos bancos portugueses na lista dos testes de stress da EBA, sendo que o Novo Banco será avaliado pelo BCE. Já o BPI e o Santander Totta, por estarem integrados em grupos de grande dimensão – CaixaBank e Santander Totta – serão avaliados pela EBA indiretamente.