"O Banif - Banco Internacional do Funchal informa que, na presente data, foi registado na Conservatória do Registo Comercial um aumento do seu capital social, no montante de 700 mil euros, no âmbito do qual foram emitidas 70 milhões novas acções", lê-se na nota enviada ao regulador dos mercados financeiros.

Segundo o banco liderado por Jorge Tomé, este aumento de capital foi realizado através da "conversão de VMOCS" (valores mobiliários convertíveis obrigatoriamente em acções) e "não tem impacto na situação líquida da sociedade, por decorrer exclusivamente da conversão dos valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis" emitidos em 2009.

A operação agora concretizada tem a ver com a compra do Banco Mais pelo Banif, em 2009.

Então, a operação foi realizada através da troca de acções, com os accionistas do Banco Mais a receberem acções do Banif e ainda valores mobiliários convertíveis obrigatoriamente em acções (as chamadas VMOC), o que agora acontece.

Esta operação não integra, assim, "o conjunto de operações de aumento de capital previstas para a segunda fase do processo de recapitalização", explica o Banif em comunicado.

O Banif recebeu, em Janeiro, 1.100 milhões de euros de dinheiros públicos (700 milhões em acções e 400 milhões em instrumentos de dívida convertíveis em acções [as chamadas 'CoCo' bonds], no âmbito do processo de recapitalização que deixou o Estado com o controlo de cerca de 99% da instituição.

Na sequência desta operação, o banco ficou obrigado a realizar um aumento de capital de 450 milhões de euros, para que o Estado veja a sua participação reduzida a 60,57% do capital e 49,41% dos direitos de voto.

Até ao momento, o banco arrecadou 240,7 milhões de euros e está assim a 209,3 milhões de euros de sair do controlo público.

O Estado tem actualmente 73,964% das acções do Banif e 64,368% dos direitos do voto.