Notícia
Bancos esperam continuar a aliviar restrições no crédito às PME
Os bancos portugueses estão a praticar condições menos restritivas nos empréstimos às PME, contando manter esta política no último trimestre deste ano.
O inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito, divulgado esta quarta-feira pelo Banco de Portugal, mostra que as instituições financeiras continuam a referenciar que estão a adoptar práticas menos restritivas no crédito concedido às PME.
Depois de terem mantido “praticamente inalterados” os critérios de concessão de crédito às PME, no decorrer do segundo trimestre, os bancos adoptaram condições menos restritivas durante o terceiro trimestre.
Para os últimos três meses deste ano, “a maioria dos bancos antecipam a manutenção dos critérios de aprovação de empréstimos a empresas sendo que estes podem ser ligeiramente menos restritivos nos empréstimos a PME’s e de curto prazo”, refere o relatório do Banco de Portugal.
As empresas portuguesas, sobretudo as de menor dimensão, têm destacado as dificuldades no acesso a financiamento desde que Portugal solicitou ajuda externa. Um constrangimento que poderá estar a diminuir, de acordo com estas expectativas reportadas pelos bancos.
Ao nível da procura, os bancos também reportaram a expectativa de um aumento ligeiro no terceiro trimestre. “As expectativas para os próximos três meses quanto à procura de empréstimos por parte de empresas são de um modo geral de um aumento ligeiro sendo especialmente notório nas PME’s”, refere o relatório.
Quanto aos restantes segmentos mais expressivos nos empréstimos dos bancos (particulares e grandes empresas), o inquérito aos bancos mostra que os critérios de concessão de crédito tem estado estáveis e assim deverão continuar.
Tal como no passado, no segmento do crédito às famílias, os bancos continuam a reportar “uma maior diferenciação dos clientes de acordo com o perfil de risco tanto no crédito à habitação como no crédito ao consumo em linha com alguma redução da capacidade dos consumidores assegurarem o serviço de dívida”.
Ainda nos créditos a particulares, os bancos antecipam um aumento da procura de empréstimos “especialmente dirigidos a consumo e outros fins”.