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Banco polaco do BCP perde 26,4 milhões de euros no primeiro trimestre

O Bank Millennium, controlado pelo BCP, sofreu prejuízos de 26,4 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, um valor acima dos 20,2 milhões esperados pelos analistas.

26 de Abril de 2022 às 07:12
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O Bank Millennium, banco polaco detido maioritariamente (50,1%) pelo BCP, registou prejuízos de 122,3 milhões de zlótis (26,4 milhões de euros ao câmbio atual) no primeiro trimestre, um valor acima dos 93,8 milhões de zlótis (20,17 milhões de euros) estimados pelos analistas, anunciou esta terça-feira o banco liderado por João Brás Jorge (na foto).

A pesar nos resultados esteve o reforço das provisões devido aos empréstimos hipotecários concedidos em francos suíços num montante de 451,2 milhões de zlótis (97,4 milhões de euros) o que o banco justifica com o maior número de queixas dos clientes e com a subida da taxa de derrotas judiciais da banca polaca em casos relacionados com estes créditos. Atualmente, assinala o banco, as provisões relacionadas com os créditos na moeda suíça equivalem a 30,3% da carteira bruta de crédito em divisas estrangeiras, mais 4,6 pontos percentuais do que os 25,7% registados no final de 2021.

Excluindo itens específicos, ou seja as provisões relacionadas com riscos legais, os custos associados aos acordos com clientes detentores destes créditos e a contribuição para o fundo de resolução do setor bancário, o Bank Millennium alcançou lucros de 485,3 milhões de zlótis (104,8 milhões de euros), o que traduz um crescimento em base comparável de 115,3%, assinala a instituição financeira. 

O ROE (return on equity) foi de -7,6%, enquanto o ROE ajustado cifrou-se em 29,7%, informa o banco. Já o rácio cost to income alcançou os 41,9%, sendo que o mesmo rácio ajustado foi de 35,5%.

Em termos de operações correntes, o Bank Millennium sublinha o crescimento homólogo de 33,8% nos proveitos operacionais, para 1.159,9 milhões de zlótis (249,4 milhões de euros) ao passo que a margem financeira aumentou 54,4%, para 961 milhões de zlótis (206,65 milhões de euros) face aos valores do primeiro trimestre de 2021, "refletindo o impacto do aumento das taxas de juro".

As comissões cresceram 7,8%, enquanto os custos operacionais aumentaram 13,8%, em termos homólogos, "principalmente devido ao
aumento da contribuição para o Fundo de Resolução do Setor Bancário (BFG) que aumentou 61,6% em relação ao período homólogo. Não considerando a contribuição para o BFG os custos totais aumentaram 7% face ao período homólogo".

O banco assinala ainda que totaliza 2,74 milhões de clientes ativos, o que representa um incremento de 128 mil face a março de 2021, tendo os depósitos aumentado 10,3% e o crédito a particulares crescido 6% (16%, excluindo crédito hipotecário concedido em moeda estrangeira).
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