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Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento pondera deixar Londres

Fonte próxima do banco disse à Reuters que Andras Simor, director financeiro do BERD, se encontra no início de uma revisão que trará os primeiros resultados na segunda metade de 2017.

Negócios 23 de Novembro de 2016 às 13:00
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O Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento (BERD) poderá vir a deslocar centenas de trabalhadores para fora de Londres. A decisão faz parte de um plano de eficiência traçado este ano, revela a Reuters.

A revisão levada a cabo por Andras Simor,  director financeiro da instituição, passa por uma deslocação de alguns dos funcionários do back office que lidam com os negócios e a administração do banco para outros países de operação ou para um escritório mais barato dentro ou fora da cidade de Londres.

A mesma fonte adianta que o BERD emprega mais de 1.500 pessoas em Londres e a deslocação de algumas centenas pode ser caro e disruptivo para a instituição financeira.


A direcção do banco está a estudar as funções que podem ser deslocadas para outras instalações e se tal valerá a pena. "Provavelmente produzirá resultados na segunda metade do próximo ano", afirma aquela fonte.


A estratégia não está relacionada com o voto positivo ao Brexit no passado dia 24 de Junho, mas um dos oficiais do banco avançou à Reuters que qualquer decisão no sentido de um "Brexit duro" poderá influenciar a decisão do BERD.


A revisão do BERD está principalmente focada nos custos, e uma redução do valor da libra em relação ao euro tem vindo a tornar a capital inglesa num local mais barato.


O BERD já implementou medidas de eficiência e de cortes nas despesas, com a promessa de manter mais de 400 milhões de euros por ano no seu orçamento para os próximos dois anos.


A 14 de Outubro Michel Sapin, ministro das Finanças francês observou que os bancos norte-americanos estavam a avaliar uma saída do Reino Unido, na sequência do Brexit. Paris é uma das várias cidades que pretende acolher as instituições financeiras que se desloquem para fora do Reino Unido.


No fim do mesmo mês, o presidente executivo do BBA, Anthony Browne, afirmou que os bancos internacionais também poderiam vir a sair do Reino Unido "antes do Natal", e que os bancos de maior dimensão poderão vir a fazê-lo no primeiro trimestre de 2017.


O Reino Unido também poderá vir a perder mais instituições fora do campo bancário. A Agência Europeia do Medicamento poderá sair de Londres e países como Portugal encontram-se dispostos a ver a instituição a operar no seu território.

Já no campo tecnológico, a Facebook anunciou no início desta semana um aumento dos seus funcionários em Londres em 50%. Zuckerberg contratou 500 engenheiros "altamente qualificados", naquilo que o próprio considera ser "uma parte importante da história do Facebook". E também a Google manifestou vontade de aumentar o efectivo na capital britânica, praticamente duplicando-o.

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