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Banco de Portugal abre a porta a reavaliar gestão do Montepio

O regulador bancário é cauteloso, mas depois de notícias que indicam a existência de um esquema para melhorar as contas trimestrais, o Banco de Portugal diz que analisa todas as operações relevantes e daí retira as devidas conclusões, escreve o Público.

9º Carlos Costa, 555 notícias - Depois da intervenção no Banif no final de 2015, sucederam-se vários episódios ao longo do ano a envolver o Banco de Portugal, o que faz do governador um dos protagonistas deste ano. Esteve em mais de 550 notícias do Negócios.
Miguel Baltazar
22 de Março de 2017 às 09:52
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O Banco de Portugal não exclui a abertura de processos de reavaliação da idoneidade para exercer funções financeiras dos gestores da Caixa Económica do Montepio, liderada por Félix Morgado, escreve o Público na edição desta quarta-feira. O regulador bancário, liderado por Carlos Costa, diz que "não se pronuncia sobre instituições financeiras individualmente", mas "analisa todas as operações relevantes" e "retira todas as devidas conclusões para o processo de supervisão".

 

De acordo com o diário, estão em causa as notícias do Expresso que afirmam que o banco tentou montar um esquema financeiro artificial para maquilhar as contas trimestrais. Essa situação obriga o Banco de Portugal a analisar a transacção e as partes envolvidas, e só depois dessa investigação é que poderá concluir se existem razões para retirar a idoneidade aos gestores da Caixa Económica, o que os impede de desempenharem funções.

 

A operação em causa consistia na venda de uma posição de 19% que o Montepio detinha numa empresa mineira – Almina – por 93 milhões de euros, o que resultava numa mais valia de 24 milhões. Sucede que a venda dessa posição seria feita a uma empresa constituída dentro do próprio grupo Montepio, de forma a, alegadamente, melhorar artificialmente os resultados.

 

De acordo com o Público, já não era a primeira vez que o Montepio tentava fazer uma operação do género, mas através do Fundo de Pensões do grupo. Só que nessa primeira ocasião a operação foi chumbada pelo supervisor dos seguros, a ASF.

 

Fonte oficial do banco rejeita que tenha sido criado um veículo com o propósito de melhorar as contas".

 

Tal como escreve esta quarta-feira o Negócios, António Costa garantiu esta terça-feira que o Governo "está a adoptar as medidas que são necessárias tomar para assegurar a estabilidade, quer da associação mutualista, quer do banco Montepio". A tutela da associação mutualista pertence ao ministro da Segurança Social, José Vieira da Silva, que tem poderes para ordenar a realização de inspecções e até a destituição judicial da direcção.

 

O Montepio tem estado sob fogo depois de a anterior administração da Caixa Económica, incluindo o líder Tomás Correia e oito gestores, estar a ser acusada pelo Banco de Portugal de ter cometido várias infracções graves, em especial por ter financiado o universo Espírito Santo meses antes do colapso do grupo. Os gestores contestam essas acusações.

 

Actualmente, Tomás Correia é o líder da Associação Mutualista Montepio Geral.

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