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Banca nacional detinha 92 mil milhões em ativos de risco internacional em setembro

Exposição da banca nacional a ativos de ativos financeiros garantidos pelo exterior, na ótica de risco imediato e de risco de última instância, diminuiu ligeiramente. Até ao final do terceiro trimestre, cerca de dois terços dos ativos financeiros internacionais detidos por bancos portugueses situavam-se na União Europeia.

Tiago Sousa Dias
12 de Janeiro de 2022 às 12:30
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Os bancos portugueses detinham 92 mil milhões de euros em ativos financeiros garantidos pelo exterior, no final do terceiro trimestre de 2021. Os dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal mostram que a exposição da banca nacional a ativos de risco imediato e de risco de última instância diminuiu ligeiramente.

"No terceiro trimestre de 2021, os bancos portugueses detinham 92 mil milhões de euros de ativos financeiros sobre o exterior, valor idêntico ao do segundo trimestre", lê-se no boletim do Banco de Portugal, com as estatísticas bancárias internacionais em base consolidada atualizadas para o terceiro trimestre de 2021.

No que toca aos ativos de risco imediato, em que o banco que celebrou o contrato tem responsabilidade de responder pelo seu cumprimento, a exposição da banca foi de 91,95 mil milhões de euros. Isto depois de, no final do segundo trimestre, o valor ter subido 5,2 mil milhões para um total de 91,98 mil milhões, devido "à evolução dos ativos externos dos bancos portugueses em países da União Monetária, nomeadamente nos Países Baixos".


O mesmo aconteceu com a exposição em última instância dos bancos portugueses, em que um terceiro interveniente garante o cumprimento do contrato: o valor fixou-se nos 92,88 mil milhões de euros até setembro, depois de, no trimestre anterior, se ter verificado uma subida desses ativos para 92,98 mil milhões. 

Ao todo, cerca de dois terços dos ativos financeiros internacionais detidos pelos bancos portugueses estavam localizados na União Europeia, indica o Banco de Portugal.

"A diferença entre a exposição de última instância e a imediata, no valor de mil milhões de euros, corresponde a uma transferência de risco líquida de Portugal para o exterior", acrescenta a autoridade de supervisão da banca.

A exposição em última instância a Estados-Membros da União Europeia e aos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) "permaneceu superior à exposição imediata". Do total de ativos financeiros (com exceção dos derivados financeiros) que são garantidos por um não residente, 73% estavam "localizados na União Europeia".

Já nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), os bancos portugueses apresentavam "maior exposição imediata do que em última instância", ou seja, "parte dos ativos que os bancos detinham sobre entidades residentes nos PALOP era garantida por entidades residentes noutros países".

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