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António Costa pede à PGR que pare vendas do Novo Banco  

A decisão surge após novas acusações de Rui Rio, que pede que seja feita uma investigação aos negócios do Novo Banco.

Pedro Catarino
25 de Julho de 2020 às 11:19
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O primeiro-ministro terá enviado uma carta à PGR onde pede que a venda de ativos do Novo Banco seja interrompida até que seja conhecida a auditoria.

Enquanto não saírem os resultados da auditoria encomendada à consultora Deloitte no Novo Banco todas as vendas de ativos do banco deverão ser suspensas. De acordo com uma notícia hoje avançada pelo Expresso, António Costa enviou uma carta à procuradora-geral da República (PGR), Lucília Gago, a pedir que as vendas sejam paradas, depois das acusações feitas por Rui Rio, que apelou a que se investigassem os negócios do Novo Banco.

Segundo o Expresso, António Costa recupera as "acusações graves" do "deputado Rui Rio" para sustentar a decisão. "[A acusação] não pode deixar de ser tida em conta com toda a seriedade, porque é seguramente fundamentada", realça o primeiro-ministro. 

"Tendo em conta o impacto que tal facto tem nas responsabilidades do fundo de resolução, não é uma questão do limitado interesse dos acionistas, tendo o Estado plena legitimidade em agir", terá acrescentado Costa, segundo o semanário.

No debate sobre o Estado da Nação, Rui Rio voltou a levantar suspeitas sobre os negócios do Novo Banco, nomeadamente em relação à venda de um lote de imóveis a um fundo de investimento, o Cerberus, com ligações recentes ao presidente do conselho geral de supervisão do banco, Byron Haynes — o fundo Cerberus é o principal acionista do banco austríaco Bawag P.S.K. que foi gerido por Byron Haynes até este assumir o cargo, em 2017, de chairman no Novo Banco.

Face a estas acusações, o primeiro-ministro decidiu pedir a intervenção do Ministério Público, para que este desenvolva "os procedimentos cautelares adequados à proteção dos interesses financeiros do Estado", até que a auditoria esteja concluída e que seja possível fazer um "cabal esclarecimento da grave alegação proferida pelo senhor deputado Rui Rio".

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