Notícia
Ainda não foi hoje que Carlos Costa falou sobre a venda do Novo Banco
A audição desta quarta-feira falou só sobre temas gerais e deixou para data a definir a convocatória para ouvir o governador do Banco de Portugal sobre a alienação do Novo Banco à Lone Star.
Venda do Novo Banco. Este era um dos dois temas com que Carlos Costa ia ser confrontado pelos deputados esta quarta-feira, 24 de Maio, mas que, ao fim de quase quatro horas de audição, não foi discutido.
A comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa agendou para esta quarta-feira a audição do governador do Banco de Portugal em que, além da alienação do Novo Banco, tinha como assunto a convocatória habitual para falar das actividades do supervisor.
Só que o banco herdeiro do BES não foi tema. As quatro horas de audição debateram-se sobre assuntos gerais: as críticas à arquitectura da supervisão bancária europeia; os passos necessários para a constituição de uma solução para o crédito malparado; a necessidade da independência da supervisão bancária; a preocupação com o crédito ao consumo; o pedido de rapidez para a aprovação dos novos elementos da administração do Banco de Portugal; a capitalização do Montepio; e ainda a definição de provisões pelo supervisor bancário.
Foram três rondas de perguntas dos deputados a Carlos Costa, mas que não passaram para o Novo Banco. Esse será discutido em data a marcar. "A audição relativa à venda do Novo Banco será reagendada logo que o senhor governador tenha disponibilidade", disse Teresa Leal Coelho, presidente da comissão de Orçamento.
O assunto Novo Banco foi já ontem discutido no Parlamento, na mesma comissão de Orçamento, com Sérgio Monteiro, que liderou o processo de venda em nome do Banco de Portugal, a admitir um plano B caso a troca de dívida do Novo Banco não seja bem-sucedida. O Governo e o supervisor acordaram a alienação da instituição financeira herdeira do BES à Lone Star no final de Março.