A Volkswagen tem de vender 19,9% da sua posição na Suzuki, avaliada em 3,4 mil milhões de euros (463 mil milhões de ienes), uma participação que tinha adquirido em 2010 por 222 mil milhões de ienes (cerca de 1,6 mil milhões de euros ao câmbio actual).

O fim da disputa garante à Suzuki a oportunidade de procurar novo parceiro, já que a aliança com a Volkswagen falhou. A Suzuki mantém o objectivo, segundo a Bloomberg, de aumentar as vendas para 3,7 biliões de ienes (27 mil milhões de euros) em 2020.

"É como se tivessem tirado um osso pequeno da minha garganta", comentou o presidente da Suzuki, Osamu Suzuki, que fechou o acordo em 2009. "Sinto-me revitalizado", acrescentou numa conferência de imprensa realizada este domingo, 30 de Agosto.

O objectivo da aliança era cooperarem nos automóveis mais pequenos e mais eficientes energeticamente. A Suzuki garantia da Volkswagen acesso à tecnologia, enquanto a construtora alemã tinha um mercado indiano aberto. Mas as relações deterioraram-se em 2011, depois da companhia nipónica ter negociado a compra de motores a gasóleo à Fiat. Uma quebra de confiança que levou a acusações mútuas de quebra do acordo.

A Volkswagen diz, no entanto, que ainda está a analisar a decisão arbitral, tendo já contratado um banco para proceder à venda da posição, mas não revela a quem o fará. A Suzuki, no entanto, enfrenta a possibilidade de ter de pagar compensações à Volkswagen, já que na arbitragem ficou determinado que a companhia japonesa tinha contrariado o acordo. Mas o montante só será determinado numa fase posterior.