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Toyota Caetano não recupera à velocidade do mercado automóvel
A Toyota Caetano Portugal está a ter algumas dificuldades em acompanhar a tendência de crescimento do mercado automóvel nos primeiros três trimestres do ano, no comparativo com o mesmo período de 2012.
O grupo liderado por José Ramos justifica a tendência com a descontinuação da carrinha Hiace e das quebras nas vendas para o mercado europeu do produto Dyna, uma diminuição que não será compensada pelo aumento na facturação de viaturas ligeiras de passageiros.
Os dados divulgados pela ACAP mostram uma evolução positiva no sector automóvel das vendas até Setembro, em relação ao período homólogo no segmento de viaturas ligeiras de passageiros que subiu 6,7% e nos comerciais ligeiros de 1,0%. “Todavia, no que diz respeito ao Grupo Toyota Caetano Portugal registou-se uma diminuição do volume de negócios justificada pela redução da venda de veículos comerciais, reflexo da descontinuação do produto Hiace e das quebras nas vendas para mercados europeus do produto Dyna,, quebras essas não compensadas pelo aumento na facturação de viaturas ligeiras de passageiros”, sublinha o grupo na apresentação de contas enviada à CMVM relativas ao terceiro trimestre.
A Toyota sublinha que o acréscimo manifestado das unidades vendidas de ligeiros de passageiros, face ao ano anterior, nomeadamente no Yaris e Auris, permitiu a manutenção pela marca da sua quota de mercado, mas “não foi o suficiente para gerar uma variação positiva no volume de negócios”.
Para a diminuição desta rubrica, em termos consolidados, também contribuiu o decréscimo de cerca de 24% apresentado pela empresa sediada em Cabo Verde, Caetano Auto CV, o que segundo o grupo reflecte “os efeitos da crise económica que actualmente se vive naquele País.
A Toyota fundiu ainda na área de retalho automóvel, com a fusão das empresas CAISB - Companhia Administradora Imobiliária São Bernardo, S.A., (empresa imobiliária cujos imóveis se encontram ao serviço da Caetano Auto, S.A.,) da Auto Partner - Comércio de Automóveis, S.A. e Caetano Colisão Norte, S.A., na empresa Caetano Auto, S.A. “concentrando nesta toda a actividade regional de venda e após venda Toyota, que se espera venha a ter impacto ao nível da redução de
custos estruturais”.
Ainda assim, a perspectiva para o último trimestre de 2013 é a da “obtenção de resultados acumulados próximos do “break-even””.
Nos primeiros nove meses do ano, a Caetano Portugal reduziu os prejuízos em mais de dois milhões de euros de 3.052.310 para 994.230. Também os resultados antes de impostos decresceram de - 3.322.109 para - 875.098.