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Saída de Carlos Tavares atira Stellantis para mínimos dois anos e meio
A inesperada saída do gestor português da liderança do gigante automóvel, anunciada domingo, provocou um forte tombo nas ações da Stellantis. O valor em bolsa da empresa diminuiu 2,4 mil milhões de euros na sessão desta segunda-feira.
A saída, com efeitos imediatos, de Carlos Tavares da liderança da Stellantis castigou fortemente as ações do gigante automóvel nascido da fusão entre a Peugeot Citroën (PSA) e Fiat Chrysler (FCA). Os títulos da Stellantis chegaram a cair 9,99%, mas acabaram por fechar a perder 6,37%, nos 11,73 euros, o valor de fecho mais baixo desde 14 de julho de 2022.
Contas feitas, a quarta maior fabricante automóvel do mundo viu o seu valor de mercado encolher em 2,41 mil milhões de euros, para uma capitalização bolsista de 35,46 mil milhões de euros.
Desde o início do ano, as ações da Stellantis acumulam uma perda de 44,5%.
O gestor português que liderava a Stellantis desde a concretização da fusão entre a PSA, da qual era CEO, e a FCA já tinha indicado anteriormente que iria abandonar o cargo de CEO no final do mandato, no início de 2026.
Esse anúncio surgiu após forte contestação a algumas das estratégias seguidas por Carlos Tavares, particularmente no mercado dos Estados Unidos.
Este fim de semana, contudo, uma reunião de emergência do "board" do grupo terminou com o português a bater com a porta e abandonar de imediato a liderança.