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Nissan confirma derrocada nos lucros operacionais e corte de 10.000 empregos

Num período conturbado para a empresa, depois de o líder Carlos Ghosn ter sido afastado do cargo devido a acusações da justiça japonesa, a Nissan assume grandes quebras nos lucros da operação e vê-se forçada a cortar nos postos de trabalho.

Nissan IMs
EPA / Reuters
24 de Julho de 2019 às 12:23
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A Nissan Motors assumiu uma quebra de 90% nos lucros operacionais do último trimestre e a necessidade de reestruturação. Deverão ser despedidos 10.000 funcionários em todo o mundo.

A confirmação de que os resultados sofreram uma derrocada é dada um dia antes da data oficial da apresentação, em reação a uma notícia da publicação japonesa Nikkei. A empresa lançou um comunicado a atestar que os números avançados pela comunicação social estavam "corretos na generalidade".

O deslize nos números operacionais da Nissan mostra desta forma uma dimensão maior do que aquela que era antecipada pelos analistas. De acordo com os dados compilados pela Bloomberg, estes apontavam para uma quebra de 66% para os 37 mil milhões de yen (307 milhões de euros) entre abril e junho. Nos primeiros três meses do ano, os lucros da Nissan afundaram 98%, o pior registo desde a crise financeira de 2008.

Paralelamente, outra publicação japonesa, a Kyodo News, divulgou que a Nissan estaria a considerar despedir 5.200 colaboradores para além dos 4.800 já previstos no plano lançado em maio, perfazendo um total de 10.000 rescisões – mais de 7% da força de trabalho da empresa.

Um membro do conselho de administração da Nissan, Motoo Nagai, comentou, em declarações à imprensa, que quaisquer medidas de reestruturação a ser aplicadas "não serão simples".

Os tempos têm sido turbulentos para a Nissan desde que Carlos Ghosn, ex-presidente da Nissan e da Mitsubishi e ex-CEO da Renault, foi detido. Ghosn encontra-se em prisão domiciliária a aguardar julgamento por "má conduta financeira" após ter sido detido pela primeira vez em novembro do ano passado. O gestor é acusado de ter declarado ao mercado rendimentos inferiores aos auferidos e por uso para fins pessoais de dinheiro da Nissan.

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