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Exportações de componentes automóveis caem pela primeira vez desde a pandemia

O fraco desempenho da indústria automóvel europeia no ano passado levou a que as vendas ao exterior das fabricantes portuguesas de componentes automóveis recuassem 4,5% no ano passado.

Em novembro, apenas pela segunda vez na história, as exportações superaram os mil milhões de euros.
DR
11 de Fevereiro de 2025 às 11:28
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As exportações de componentes automóveis sofreram uma quebra de 4,5% no ano passado, para 11.785 milhões de euros, indicou esta terça-feira a Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA). Esta foi a primeira vez desde 2020, ano em que a pandemia da covid-19 castigou o setor, em que as vendas ao exterior diminuíram.

Os três maiores mercados, que representam mais de 60% do total das exportações da fileira, registaram quebras face a 2023.

Assim, Espanha, o principal destino das exportações (28,3% do total), apresentou uma queda de 2,8%. Já o mercado alemão, que pesa 23,4%, viu as vendas reduzirem-se ligeiramente (-0,4%). 

O cenário foi bem mais negro no que respeita ao mercado francês, que passou a representar apenas 8,4% das vendas ao exterior, com uma queda de 22,7%.

A AFIA indica, em comunicado, que as perspetivas para este ano são de fortes desafios e admite que o setor possa vir a perder emprego e reduzir produção. "Os dados para o futuro próximo não são animadores. A redução das vendas de veículos no mercado europeu, juntamente com os sinais de queda, informados pelos clientes, que temos vindo a registar, deixam antever tempos, ainda mais, conturbados para o setor automóvel, o que fará com que, provavelmente, as empresas tenham de ajustar a atividade e a capacidade de produção que existe neste momento no nosso país", indica José Couto, presidente da associação.

"Os dados que se nos apresentam, para 2025, indicam recessão nesta Indústria. Contudo, a indústria nacional está em muitos projetos, logo o comportamento das vendas nacionais, das exportações, está dependente dos veículos que forem vendidos, que sejam produzidos na Europa", conclui.

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