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BE aplaude actualização das pensões mas reconhece que não resolve a vida dos pensionistas

A líder do BE aplaudiu na terça-feira à noite a entrada em vigor do diploma que determina a actualização extraordinária de pensões até 631,98 euros, mas reconheceu que o aumento não resolve a vida dos pensionistas.

Miguel Baltazar
02 de Agosto de 2017 às 00:44
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"Eu sei que é muito pouco para cada pensionista, eu sei que é um aumento que não resolve a vida de quem trabalhou tanto e hoje tem uma pensão tão pequena, mas sei que há algo que não se retira que é a dignidade e quem foi cortado todos os anos agora sabe que é respeitado", declarou Catarina Martins.

 

Falando num comício em Quarteira, a coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) sublinhou que, apesar de o país estar a dar passos no "sentido certo", ainda está "aquém" do que é necessário, notando que os pensionistas não devem ser "o porquinho mealheiro do Estado" de cada que se quer cumprir "um número de défice impossível".

 

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) falava na terça-feira à noite durante um comício no calçadão de Quarteira, no qual discursaram também o único deputado do partido eleito pelo Algarve e os candidatos à junta de freguesia de Quarteira e à Câmara de Loulé.

 

O diploma a regulamentar a actualização extraordinária das pensões até 631,98 euros, aprovado em Conselho de Ministros de 29 de Junho, foi publicado em Diário da República na segunda-feira para entrar em vigor.

 

Os pensionistas com direito a actualização das pensões vão ser informados das alterações por carta e receber o acréscimo correspondente junto com o pagamento de agosto, dia 10 para a Segurança Social e 18 para a Caixa Geral de Aposentações (CGA).

 

Durante o seu discurso, Catarina Martins aproveitou para sublinhar que o combate à precariedade tem agora mais instrumentos, numa alusão às alterações à lei que alarga ao sector privado o combate à ocultação de relações de trabalho subordinado.

 

"A partir de agora, quando a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) detecta que há um falso recibo verde, que há um estágio, uma bolsa, um trabalho informal em lugar do trabalho com contrato permanente que devia existir, a ACT tem o poder de iniciar um processo que depois o Ministério Público (MP) continua e que obriga a transformar esse vínculo num contrato permanente", referiu.

 

Observando que a empresa não pode despedir o trabalhador durante este processo, a coordenadora do BE disse ainda que a entidade patronal "escusa de fazer chantagem", porque é a ACT e o MP que levam o processo até ao fim.

 

"Ficámos mais fortes na luta contra a precariedade", resumiu, notando que apesar de "o abuso" se instalar tantas vezes no sector privado, o trabalhador muitas vezes teme represálias e não faz queixa.

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