Notícia
Angola privatiza farmacêutica estatal
A decisão de privatizar a Angomédica a 100 por cento, por "ajuste directo", à Suninvesté justificada pela "notória capacidade financeira, técnica e 'know-how'" daquele grupo até agora detido pelo Estado angolano.
02 de Junho de 2016 às 11:58
O Governo angolano aprovou a privatização da farmacêutica estatal Angomédica, por ajuste directo, ao grupo Suninvest, alegando a necessidade de "expandir a participação do sector privado" no sistema de saúde pública em Angola.
A decisão consta de um decreto executivo conjunto dos ministérios da Economia e da Saúde, de 27 de Maio, documento ao qual a Lusa teve acesso esta quinta-feira, 2 de Junho, e que recorda que aquele grupo privado assumiu em 2004 a gestão da empresa pública Angomédica, que retomou a laboração em Luanda cerca de cinco anos depois.
A decisão de privatizar a Angomédica a 100 por cento, por "ajuste directo", à Suninvest - Investimentos, Participações e Empreendimentos, é justificada neste decreto pela "notória capacidade financeira, técnica e 'know-how'" daquele grupo "para dar continuidade às acções previstas no contrato de reabilitação e gestão" daqueles laboratórios, até agora detidos pelo Estado angolano.
Refere ainda que a "revitalização da Angomédica se reveste de grande importância estratégica para o desenvolvimento da indústria farmacêutica em Angola, com vista a aumentar a disponibilidade de medicamentos à população, a reduzir as suas importações e a aumentar as receitas do Estado", no quadro do processo de diversificação da economia nacional.
Não são adiantados, neste decreto, os valores envolvidos neste negócio.
Dados do Ministério da Saúde indicam que o Estado angolano gasta mais de 60 milhões de dólares (53 milhões de euros) por ano só na aquisição de medicamentos.
Em 2013, a quando da inauguração da fábrica da Angomédica em Luanda, a directora executiva daqueles laboratórios, Susana Maria, disse que a unidade teria capacidade para produzir 20 milhões de comprimidos, de vários tipos, por mês.
Susana Maria referiu então que o projecto para a nova Angomédica tinha três fases e a primeira contemplou a unidade fabril de Luanda, com um investimento de 17 milhões de dólares (15,1 milhões de euros), seguindo-se a produção de soros numa segunda fábrica - com a meta de 40 milhões de unidades por ano - e a construção do Polo Industrial Farmacêutico de Benguela.
A decisão consta de um decreto executivo conjunto dos ministérios da Economia e da Saúde, de 27 de Maio, documento ao qual a Lusa teve acesso esta quinta-feira, 2 de Junho, e que recorda que aquele grupo privado assumiu em 2004 a gestão da empresa pública Angomédica, que retomou a laboração em Luanda cerca de cinco anos depois.
Refere ainda que a "revitalização da Angomédica se reveste de grande importância estratégica para o desenvolvimento da indústria farmacêutica em Angola, com vista a aumentar a disponibilidade de medicamentos à população, a reduzir as suas importações e a aumentar as receitas do Estado", no quadro do processo de diversificação da economia nacional.
Não são adiantados, neste decreto, os valores envolvidos neste negócio.
Dados do Ministério da Saúde indicam que o Estado angolano gasta mais de 60 milhões de dólares (53 milhões de euros) por ano só na aquisição de medicamentos.
Em 2013, a quando da inauguração da fábrica da Angomédica em Luanda, a directora executiva daqueles laboratórios, Susana Maria, disse que a unidade teria capacidade para produzir 20 milhões de comprimidos, de vários tipos, por mês.
Susana Maria referiu então que o projecto para a nova Angomédica tinha três fases e a primeira contemplou a unidade fabril de Luanda, com um investimento de 17 milhões de dólares (15,1 milhões de euros), seguindo-se a produção de soros numa segunda fábrica - com a meta de 40 milhões de unidades por ano - e a construção do Polo Industrial Farmacêutico de Benguela.