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Covid-19: DGS recomenda dose de reforço a partir dos 18 anos e define prioridades

A Direção-Geral da Saúde (DGS) recomendou hoje a administração de uma dose de reforço da vacina contra a covid-19 a pessoas com 18 ou mais anos.

António Pedro Santos/Lusa
23 de Dezembro de 2021 às 18:58
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A Direção-Geral da Saúde (DGS) recomendou hoje a administração de uma dose de reforço da vacina contra a covid-19 a pessoas com 18 ou mais anos, considerando "prioritária e urgente" a vacinação de dois grupos.

"A DGS, após análise do parecer da Comissão Técnica de Vacinação contra a Covid-19 (CTVC) sobre o alargamento da estratégia de reforço vacinal contra a covid-19, recomenda a administração de uma dose de reforço de uma vacina de mRNA a pessoas com idade igual ou superior a 18 anos", adiantou a autoridade de saúde em comunicado.

Segundo a DGS, essa recomendação inclui a definição de vacinação "urgente e prioritária" das pessoas com 40 ou mais anos, por faixas etárias decrescentes, e das pessoas entre os 18 e os 39 anos com, pelo menos, uma das comorbilidades" que constam da norma sobre esta matéria.

A seguir, na ordem de prioridades recomendada pela DGS, segue-se a vacinação das restantes pessoas entre os 18 e os 39 anos com a dose de reforço da imunização contra o SARS-CoV-2.

"Os dados e a evidência disponíveis indicam um claro benefício da vacinação contra a covid-19 com dose de reforço para as pessoas com 40 ou mais anos de idade e das pessoas com 18 aos 39 anos com comorbilidades", avançou o comunicado, ao adiantar ainda que, com a vacinação destes grupos, assegura-se uma "proteção reforçada das pessoas que atualmente constituem cerca de 94% dos internados".

De acordo com a DGS, também as pessoas com menos de 40 anos sem comorbilidades serão vacinadas com a dose de reforço, no âmbito de uma estratégia de proteção individual e de saúde pública, para "maximizar a aplicação de medidas para o controlo da pandemia, em particular no atual contexto de evolução da situação epidemiológica com predominância da variante Ómicron".

A administração do reforço da vacina começou em dia 11 de outubro, tendo já recebido esta dose mais de 2,5 milhões de pessoas, de acordo com os dados hoje divulgados pela DGS.

A covid-19 provocou mais de 5,37 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.840 pessoas e foram contabilizados 1.253.094 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 89 países de todos os continentes, incluindo Portugal.
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