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Pedro Nuno Santos: “Na primeira necessidade, PSD e Chega entenderam-se”

O secretário-geral do PS, no regresso ao Parlamento, criticou o PSD pelo entendimento com o Chega para a eleição do presidente e vice-presidentes do Parlamento. Garantiu ainda que não haverá disciplina de voto no partido e que a escolha do novo líder parlamentar será feita na próxima semana.

26 de Março de 2024 às 13:59
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O líder dos socialistas, no primeiro dia da legislatura, criticou o PSD por ter acordado com o Chega que votará favoravelmente à eleição de Diogo Pacheco de Amorim para a vice-presidência da Assembleia da República, ao contrário do que tinha acontecido na última legislatura. Pedro Nuno Santos garantiu também que não há orientação de voto no PS para a eleição de Aguiar-Branco como Presidente da AR.

O secretário-geral do PS não quis "fazer nenhuma apreciação sobre o ‘não e não’" dado por Luís Montenegro em período de campanha sobre as relações do PSD com o Chega, mas não perdeu a oportunidade para criticar os sociais-democratas por recuarem naquela que era, até agora, a sua posição em relação à eleição de um vice-presidente do partido de Ventura.

"Não se preocupem com o voto do Partido Socialista, porque a eleição do Presidente está assegurada entre o Chega e o PSD. E, aliás, essa é a grande notícia do dia de hoje. É que depois de tanta separação e distanciamento, na primeira necessidade, o PSD e o Chega entenderam-se", afirmou o secretário-geral socialista.

Pedro Nuno nada adiantou ainda que não haverá qualquer disciplina de voto do PS para a eleição do nome apresentado pelo PSD para a presidência da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, nem para a eleição Pacheco de Amorim para a vice-presidência: "Como sabem, o voto é secreto. (...) No que diz respeito ao candidato do Chega, vamos ter que esperar pelo exercício de voto dos deputados do Partido Socialista. (...) Nós temos neste momento a eleição do Presidente assegurada por um entendimento à direita. E depois, obviamente, que os vice-presidentes terão também a sua eleição assegurada. É a única coisa que eu registo", afirmou.

Ainda no conjunto de críticas ao PSD, Pedro Nuno Santos insistiu que as soluções apresentados pelos sociais-democratas continuam, tal como defendeu em campanha, "a ser erradas" e que o resultado conseguido nas eleições não inverte isso.

Marcos Perestrello para vice. Líder da bancada fica para a semana

Pedro Nuno Santos confirmou ainda que, na reunião desta manhã do grupo parlamentar do PS, ficou definido que o deputado Marcos Perestrello será o nome dos socialistas para a vice-presidência do Parlamento.

Em relação à sucessão de Eurico Brilhante Dias na liderança do grupo parlamentar dos socialistas, o secretário-geral do PS nada adiantou, deixando essa decisão para a próxima semana, uma vez que alguns dos eleitos do partido ainda estão no Executivo.

Esta terça-feira, os novos deputados tomam posse para a XVI legislatura depois das eleições de 10 de março que deram a vitória à Aliança Democrática (AD).

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