Notícia
Pedro Nuno diz que “não vai criar impasse constitucional”. Montenegro não responde
A questão da governabilidade pós-eleições de 10 de março voltou à discussão no debate das rádios, com o líder do PS a garantir que não vai criar um “impasse constitucional”, viabilizando um governo minoritário da AD. Líder do PSD volta a não desfazer a dúvida.
Depois de avanços e recuos na matéria, o líder o PS volta à primeira versão sobre um cenário em que não há possibilidade de uma solução estável no Parlamento. "Não vamos criar nenhum impasse constitucional, isso nunca faremos", garantiu Pedro Nuno Santos, no debate desta segunda-feira nas rádios.
O secretário-geral socialista mantém o que disse sobre uma solução de governo minoritário, garantindo que viabilizaria um executivo da AD, caso não fosse possível uma maioria através de uma solução de esquerda, semelhante ao que aconteceu em 2015 com a geringonça.
Questionado sobre o que fará se o Presidente da República exigir a viabilização do primeiro orçamento, respondeu que não pode subscrever a "aventura fiscal" que a Aliança Democrática propõe. "Não podemos falar sobre um orçamento que não conhecemos", afiançou Pedro Nuno Santos.
Por seu lado, Luís Montenegro não respondeu, apesar da insistência dos jornalistas sublinhando que "Podem teorizar sobre a política, mas esse não é o meu papel." Para o presidente do PSD "são jogos de política".
Numa solução de esquerda, Pedro Nuno Santos concordou com Mariana Mortágua, a coordenadora do BE para a necessidade de um acordo escrito, lembrando, aliás, que essa foi uma exigência do então Presidente da República, Cavaco Silva, e com a qual concordou.
"Um acordo é escrito para que as pessoas possam conhecê-lo", defendeu a coordenadora do Bloco de Esquerda, acrescentando que "é uma questão de transparência democrática".
Para o líder do PCP, Paulo Raimundo, os cenários a construir após as eleições de 10 de março, vão depender dos resultados das eleições e só nessa altura os comunistas decidirão.
O líder da Iniciativa Liberal começou por dizer que compreende a "necessidade da esquerda trazer quem não está cá", referindo-se à falta de André Ventura, que não compareceu no debate das rádios.
O Livre mostrou-se disponível para aprovar quatro anos de orçamentos do PS se "o partido for envolvido de forma decisiva" e ficar definido para onde vai o excedente - nomeaadmente para a redução da dívida, uma reforma fiscal progressiva, aumento do investimento público. "Pode haver caminho para assegurarmos quatro anos de orçamento", afirmou o porta-voz do partido, Rui Tavares.
(Notícia atualizada às 11:50)