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Marcelo destaca importância de Montenegro ir a Bruxelas como PM indigitado

O chefe de Estado falava aos jornalistas no final de uma visita à Futurália, feira de educação, formação e empregabilidade, em Lisboa.

Lusa
Lusa 21 de Março de 2024 às 17:54
O Presidente da República considerou esta quinta-feira "importante para o país" que Luís Montenegro tivesse ido hoje a Bruxelas já como primeiro-ministro indigitado, indicando que foi o líder do PSD que "pediu que isso acontecesse".

"Era importante para o país que o primeiro-ministro indigitado participasse hoje em Bruxelas como futuro primeiro-ministro, se vier a formar Governo, em reuniões importantes", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado falava aos jornalistas no final de uma visita à Futurália, feira de educação, formação e empregabilidade, em Lisboa.

Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que "era importante" que Luís Montenegro "se encontrasse com o primeiro-ministro ainda em funções, que se encontrasse com a presidente da Comissão Europeia, que se encontrasse com os membros do PPE que irão estar amanhã [sexta-feira] no Conselho Europeu".

"Como os temas são muito, muito pesados, têm a ver com tudo o que é importante, Ucrânia, Médio Oriente, abertura do caminho para negociações com vários países do Leste da Europa, não fazia sentido que amanhã fosse indigitado estando em Bruxelas", referiu.

O Presidente da República indicou também que foi o líder do PSD que pediu para a indigitação acontecer na noite passada, antes de viajar para Bruxelas.

"Foi ele que pediu que isso acontecesse", afirmou, indicando que "foi um sacrifício" de Montenegro "porque ele partiu de Lisboa à uma da manhã para o Porto onde foi apanhar o avião para Bruxelas".

Marcelo Rebelo de Sousa considerou que o país compreendeu que a indigitação tenha ocorrido já de madrugada, após terminada a contagem de todos os votos dos círculos da emigração.

"O problema é o seguinte, não se pode controlar a contagem de votos, e quando há recontagens de votos não se pode dizer para num determinado momento. Terminou quando terminou", afirmou.

Questionado se seria necessário acelerar o calendário do próximo Governo, o chefe de Estado afirmou que o processo "tem corrido como devia correr e com uma grande naturalidade".

Quando estava de saída da Futurália, Marcelo Rebelo de Sousa cruzou-se com o líder do Chega, André Ventura, que estava a chegar à Feira Internacional de Lisboa (FIL).

Neste breve encontro, os dois cumprimentaram-se e trocaram palavras de circunstância.

"Gostei de o ver, senhor Presidente", disse Ventura, ao que Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que também e assinalou "a multidão" que rodeava o líder do Chega. 

Aos jornalistas, o Presidente da República disse que já contava ver André Ventura ali porque foi avisado que o líder do Chega também visitaria esta feira hoje.

Marcelo Rebelo de Sousa indicou que esteve na Futurália durante mais de duas horas e que se encontrou com alguns professores.

"Eu até estive com os professores, que há uma sala de professores, e com os professores demorei também algum tempo. Eles coitados, estão assim... de maneira que acabámos por [nos] encontrar. Ele [Ventura] chegou um bocadinho mais tarde e eu saí agora também um bocadinho mais tarde", disse.

Questionado se a situação da contagem do tempo de serviço dos professores deve ser uma prioridade para o próximo Governo, o Presidente da República respondeu: "Não vou falar disso. Os partidos já falaram, penso que já decidiram que é preciso avançar".

A Aliança Democrática (AD) venceu as eleições de 10 de março e o líder do PSD foi indigitado primeiro-ministro pelo Presidente da República. Luís Montenegro apresenta o seu Governo em 28 de março e a posse está prevista para 02 de abril.
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