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Montenegro anuncia apoio a Costa para presidência do Conselho Europeu

O primeiro-ministro desfez o tabu e prometeu que o Governo e a AD "tudo farão" para que a candidatura de António Costa ao Conselho Europeu seja bem sucedida.

10 de Junho de 2024 às 00:46
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O líder do PSD e primeiro-ministro Luís Montenegro anunciou este domingo o apoio da AD e do Governo ao seu antecessor António Costa para o cargo de presidente do Conselho Europeu, se decidir ser candidato.

"É possível que a presidência do Conselho Europeu seja destinada a um candidato socialista. Se o dr. António Costa for candidato a esse lugar, a AD e o Governo de Portugal não só apoiarão como farão tudo para que essa candidatura possa ter sucesso", afirmou.

Questionado se tal apoio depende da resolução do processo judicial em que o ex-primeiro-ministro viu o seu nome envolvido, respondeu: "Se o dr. António Costa for candidato – e quem vai decidir se é candidato é ele e a sua família política – a nossa decisão está tomada".

Montenegro salientou que o PPE "é o vencedor das eleições a nível dos 27 Estados-membros da União Europeia", pelo que "é expectável que principais famílias políticas europeias" possam acertar a distribuição dos cargos mais relevantes das instituições europeias. "É expectável que a presidência da Comissão Europeia seja da força política mais representativa, o PPE", disse.

Sobre António Costa, o também primeiro-ministro disse que decidiu fazer no domingo este anúncio do apoio do Governo português para "não quebrar um tabu". "Mas o próprio, muitos dos meus colegas chefes do Governo do Estados-membros da União Europeia e todos os meus colegas do PPE já sabem disto mesmo antes de eu ser primeiro-ministro", disse.

Questionado sobre os resultados do Chega – que caiu em relação às últimas legislativas - e a vitória da extrema-direita em França, o primeiro-ministro disse ter visto "com apreensão" o crescimento de forças políticas extremistas "em vários Estados-membros da União Europeia".


"Posso também, nesta ocasião, cumprimentar o povo português por continuar a ser na Europa um referencial de moderação, um referencial dos valores fundadores da EU, mesmo com a dificuldade que é atingirmos muitas vezes o consenso conjugando interesse de 27 Estados-mebros", disse.

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