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Europeias: Picardias e respostas ao alerta de Marcelo num feriado passado em campanha

Concorrem às eleições em Portugal um total de 17 partidos e coligações: a AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP.

Marta Temido apontou aos adversários, afirmando que a oposição "não precisa de ajuda" para ser detonada. Lusa/EPA
30 de Maio de 2024 às 18:43
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Troca de acusações entre AD e PS, a vinda de Von der Leyen a Portugal e respostas ao alerta do Presidente da República para a viabilização do Orçamento marcaram o quinto dia de campanha para as europeias.

A cabeça de lista socialista, Marta Temido, começou o dia de campanha em Aljustrel a apontar aos adversários, afirmando que a oposição "não precisa de ajuda" para ser detonada. Porém, garantiu não querer alimentar picardias com os restantes partidos por lhe interessar mais falar sobre a Europa e os seus projetos políticos.

Sebastião Bugalho, candidato da Aliança Democrática (AD), deixou críticas aos socialistas de vários países da Europa, nos quais incluiu o Governo português do PS que, diz, "deixou 1,7 milhões de portugueses sem médico de família".

As provocações entre os partidos estenderam-se também aos mais pequenos, como a Iniciativa Liberal e o Bloco de Esquerda. Os dois partidos têm trocado acusações, mas esta tarde, João Cotrim Figueiredo, cabeça de lista dos liberais, quis colocar "um ponto final" nas picardias dos últimos dias por considerar que isso distrai das propostas do seu partido.

Desde o arranque da campanha os dois partidos têm protagonizado uma troca de argumentos com a IL a considerar aquele partido "eurosonso" e o BE a acusar os liberais de mentirem sobre a posição bloquista sobre o conflito na Ucrânia.

A CDU apontou na direção dos liberais acusando-os de defender "uma forma esquisita" de liberdade em matéria de políticas migratórias. Os comunistas criticaram ainda as "guerras de alecrim e manjerona" entre PS e AD, acusando-os de contribuir para um aumento da abstenção.

Os partidos voltaram-se também para a política interna e aproveitaram para reagir ao alerta do Presidente da República sobre a importância de garantir a viabilização do próximo Orçamento do Estado para manter o equilíbrio das contas públicas.

A AD disse partilhar das preocupações de Marcelo Rebelo de Sousa em relação à estabilidade política, com Sebastião Bugalho a sublinhar que essa "tem sido uma preocupação constante desde o início do seu mandato".

A IL, pelo líder, Rui Rocha, que acompanhava a comitiva, garantiu não ceder a pressões do Presidente da República, apesar de "valorizar sempre" as suas palavras e o PAN, por Inês Sousa Real, que foi até à Maia com o candidato Pedro Fidalgo Marques, considerou que "o país não pode estar a mando dos caprichos de Marcelo Rebelo de Sousa" em matéria orçamental.

Hoje ficou a saber-se também que a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, estará em Portugal, no Porto, para uma ação de campanha da AD a 06 de junho.

O nome da líder da Comissão Europeia, e também candidata pelo Partido Popular Europeu para um segundo mandato, esteve presente na campanha do Chega, com o cabeça de lista, António Tânger Correia, a recusar hoje apoiar a candidatura da belga para mais quatro anos à frente do executivo europeu, criticando a sua ligação a "casos de corrupção".

E, pela IL, Cotrim de Figueiredo duvidou que a presença de de Von der Leyen na campanha da AD seja "um trunfo eleitoral".

O Bloco de Esquerda contou hoje com a presença do historiador e fundador do partido Fernando Rosas que guiou a cabeça de lista, Catarina Martins, a uma visita ao Forte de Peniche, onde esteve preso no início da década de 70.

O cabeça de lista do Livre, Francisco Paupério, esteve em Coimbra e falou pela primeira vez sobre Rui Tavares para assegurar que, apesar da sua ausência ao longo da campanha, não se sente abandonado e que vai ser possível testemunhar a união dos dois no próximo sábado.

Cerca de 373 milhões de eleitores europeus são chamados a votar para o Parlamento Europeu entre 6 e 9 de junho. Em Portugal, a votação é no dia 9. Serão escolhidos 720 eurodeputados, 21 dos quais portugueses.

Concorrem às eleições em Portugal um total de 17 partidos e coligações: a AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP.
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